Portugal
"É prematuro falar" sobre público nos estádios, afirma secretário de Estado
2020-09-14 17:20:00
João Paulo Rebelo recusa comprometer-se com datas

O secretário de Estado do Desporto e da Juventude, João Paulo Rebelo, afirmou esta tarde que "é prematuro falar" no regresso do público aos estádios.

À saída da reunião entre a Secretaria de Estado da Saúde e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, solicitada pelo organismo liderado por Pedro Proença, o governante salientou que apenas esteve presente "a título de acompanhamento".

Questionado diretamente sobre o regresso do público aos estádios, depois das polémicas com as autorizações para a Festa do Avante e para a peregrinação de 13 de setembro ao Santuário de Fátima, João Paulo Rebelo recusou comprometer-se com datas.

"Essa parte já tem vindo a ser trabalhada, estamos a trabalhar com as autoridades de Saúde e com os organizadores, é prematuro estarmos a falar sobre essa matéria nesta altura", defendeu-se

A questão do público foi um dos principais pontos que Pedro Proença levou à reunião, porém, o encontro passou mais por "termos de caráter mais técnicos", segundo o secretário de Estado do Desporto.

"O que se está a tratar é justamente de agilizar um conjunto de procedimentos para que possamos continuar a ser bem-sucedidos como fomos ao terminar a Liga na época passada", acrescentou.

"Refletir sobre que forma podemos garantir entre as autoridades e os organizadores que o bom exemplo do término do campeonato na I Liga na época passada se possa repetir nas ligas profissionais. Admito que as conclusões [da reunião] não sejam todas transmitidas hoje. Os organizadores estão disponíveis, as autoridades de saúde também estão", finalizou João Paulo Rebelo.

Antes da reunião, António Lacerda Sales, secretário de estado da Saúde, já tinha 'avisado' que o regresso do público aos estádios não estará tão cedo em discussão.

"O futebol não pode dar sinais contrários e estamos conscientes que o futebol quererá manter a excelente imagem que deixou aquando da retoma da época passado na defesa do interesse público e da saúde pública", defendeu.

Ainda assim, o governante reagiu às críticas que vão surgindo da parte de vários atores desportivos.

"Acreditamos que o futebol não quererá avaliar regras da saúde pública", atirou o secretário de Estado.