Roger Schmidt tem enfrentado problemas na dinâmica da equipa encarnada nesta temporada e há quem note que colocar João Neves e Fredrik Aursnes nas alas não resolverá os problemas do emblema lisboeta, sendo que, como é o caso do ex-jogador Márcio Madeira, existe a necessidade de ser mais "agressivo" no meio-campo.
"O problema não é o sistema. Percebo os três centrais. Não percebo como os dois melhores jogadores são atirados para as laterais", apontou Márcio Madeira, realçando que quer Aursnes, quer João Neves "rendem mais como médios".
"E este posicionamento tira-os da zona onde podem ser mais influentes", avisou o ex-futebolista, que fez carreira na I Liga e, aos 38 anos, é comentador desportivo.
"Florentino Luís e João Mário não têm esse perfil"
Na ideia de Márcio Madeira no que toca ao jogo encarnado, João Neves e Aursnes estão ainda a aprender as dinâmicas do jogo lateral e isso pode custar ao Benfica.
"Para além disso, não têm rotinas na posição e podem deixar os centrais muito desprotegidos", mencionou Márcio Madeira, certo de que é fundamental ao Benfica, se quiser ganhar jogos, ter "agressividade" no seu jogo.
"Agressividade. Muita. Daquela de dividir e meter o pé por cima. Mostrar os dentes da bota", aconselhou o ex-futebolista, em declarações na rede social Instagram, onde deu conta de que um meio-campo com Florentino Luís e João Mário não 'vestem' essa farda'.
"Florentino e João Mário não têm esse perfil. É dar uma camisola ao Javi Garcia e ligar ao Fejsa", disse Márcio Madeira sobre dois jogadores com os quais se cruzou em campo na I Liga.
Além de Florentino Luís, João Mário, Aursnes e João Neves, o Benfica tem também Chiquinho e Orkun Kökçü que podem desempenhar funções no meio-campo, tendo já todos eles, em dado momento, pelo menos, passado pelo centro do terreno de jogo durante esta temporada no Benfica.
"Temos agora de melhorar o nosso aspeto ofensivo. É o que nos falta agora"
Sobre o seu novo sistema, onde tem jogado com três centrais (Otamendi, António Silva e Morato), Roger Schmidt justificou essa utilização com o impedimento, assim, de que os adversários criem perigo para as redes de Trubin.
"Nos últimos jogos estivemos, defensivamente, melhores sem dar muitas hipóteses aos adversários. Temos agora de melhorar o nosso aspeto ofensivo. É o que nos falta agora no nosso jogo. Se não marcarmos, não ganhamos", lembrou Roger Schmidt, em declarações aos jornalistas.