Portugal
"É criminoso aquilo que fazem ao Corona", acusa Vítor Bruno
2021-02-07 23:20:00
Técnico-adjunto do FC Porto lamenta que o mexicano seja tratado como "um saco de batatas"

O treinador-adjunto do FC Porto, Vítor Bruno, manifestou revolta com a arbitragem e com o comportamento dos adversários. Na flash-interview, depois do empate do FC Porto com o SC Braga, o técnico acusou os adversários de fazerem de Corona "um saco de batatas".

"Enquanto a permissividade continuar, enquanto continuarem a fazer do Corona um saco de batatas, corremos o risco de não valorizarmos o nosso futebol. É criminoso aquilo que fazem ao Corona semanalmente, de três em três dias. E é um caminho que não é aquele que devemos percorrer. Há que meter a mão na consciência. Todos os intérpretes têm de meter a mão na consciência", afirmou, à SportTV.

Sobre o empate, Vítor Bruno falou em frustração. "É demasiado frustrante. Fomos melhor durante a grande maioria do tempo. O primeiro golo abanou um pouco a equipa. A equipa tem uma alma enorme e o resultado é injusto", diz, recentrando a crítica na forma como o avançado mexicano é, no seu entendimento, 'massacrado' com faltas.

"Há uma altura em que não se percebe bem porquê, mais uma vez, atacam aquele que é o nosso melhor jogador. Não tenho problemas em dizê-lo: temos um coletivo forte, mas há um jogador que tem muita qualidade", salienta.

"Temos de valorizar o nosso futebol. Temos de ter algum cuidado com a forma como abordamos os lances, de protegermos quem são os melhores, sob pena de vermos fugir os melhores para outros campeonatos", concretizou.

O FC Porto empatou com o SC Braga, na 'Pedreira', depois de ter estado a vencer por 2-0. Corona foi expulso, o que mudou a lógica do jogo, com a superioridade portista a esfumar-se. Vítor Bruno discorda da decisão de Artur Soares Dias, que admoestou o mexicano com dois cartões amarelos.

"O primeiro amarelo ao Corona é um atentado ao futebol. O segundo amarelo aceita-se. O Corona sofre o que sofre... Para nós, é como pormos a bola num cofre. Depois, os cofres são assaltados, são arrombados. Ele está no balneário a chorar, tem dores pelo que sofre em campo. E depois a proteção que tem é esta", lamentou.

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