Central esteve cedido ao São Paulo e ao Granada e só esta época foi opção no Marselha, terminando a época como suplente
Chegou cheio de sonhos a Marselha, decorria o verão de 2014, apenas com 19 anos, mas não convenceu Marcelo Bielsa. Andou de empréstimo em empréstimo, pelo São Paulo e pelo Granada, e só na época passada conseguiu integrar o plantel principal da equipa francesa. Dória, o defesa-central canhoto que está perto de assinar pelo Sporting, não passa ainda de uma promessa à espera de afirmação.
“É um atleta espetacular. Não teve um dia que não tivesse dado o máximo”, afirmava Vagner Mancini, treinador do Botafogo na altura em que Dória deixou o clube do coração. O agora técnico da Chapecoense não deixou de destacar o potencial do jovem jogador: “Ele joga muito mais do que muita gente acha. Sei que tem pessoas com restrições ao futebol dele, mas será de seleção brasileira em breve. É dotado de uma capacidade ímpar. Desejo sucesso na vida dele.”
Jorge Jesus acredita que pode fazer explodir defintivamente o central que muito prometeu nos escalões jovens da seleção brasileira e é neste sentido que pode ser enquadrada a pretensão leonina de adquirir o passe do jogador, agora com 22 anos, que custou 10 milhões de euros ao Olympique Marselha, quando foi contratado após três épocas de brilho no Botafogo.
Matheus Dória Macedo tem sido presença assídua nas seleções jovens do Brasil, somando seis jogos ao serviço da seleção de sub-21, quatro dos quais no Torneio de Toulon de 2013, onde foi eleito o melhor defesa-central da competição, e três em representação da seleção olímpica. Ao serviço dos sub-20, que capitaneou, conquistou em 15 de junho de 2013, há precisamente quatro anos, portanto, a Valais Youth Cup tendo convertido o penálti decisivo após empate a três golos com o Gana. De resto, até na seleção principal já se estreou, efetuando um jogo.
Estreia na seleção do Brasil
A 6 de abril de 2013, o Brasil defrontava a Bolívia e vencia por claros 4-0. A três minutos do final, Luiz Felipe Scolari permitiu a Dória concretizar um sonho de menino e vestir a camisola da canarinha pela primeira vez, entrando em substituição de Dedé.
A verdade é que daí para cá, Dória tem denotado dificuldades de adaptação ao futebol europeu. No primeiro ano de Olympique Marselha acabou logo cedido ao São Paulo, onde fez 18 desafios e apontou dois golos. Voltou a França para nova época mas foi uma vez mais cedido por empréstimo, desta vez ao Granada, de Espanha. Durante toda a época 2015/16 só participou em 10 jogos. Regressou de novo a Marselha e pela primeira vez integrou o grupo de trabalho da equipa francesa, do português Rolando, defesa-central e, como tal, um dos seus concorrentes. Totalizou 28 jogos e apontou dois golos, um dos quais decisivos: em jogo dos oitavos de final da Taça de França, fez aos quatro minutos da segunda parte do prolongamento a cabeçada certeira que permitiu ao Marselha eliminar o Lyon da competição.
De titular a suplente. De novo
Dória começou bem a época, como titular, mas foi novamente perdendo espaço na equipa titular. É neste contexto que surge o interesse do Sporting por um jogador que há vários anos merece a atenção da estrutura leonina.
De 1 de março para cá, o central brasileiro não fez um único jogo como titular e nos últimos nove encontros somou 47 minutos. Não foi utilizado em quatro tendo entrado nos últimos minutos em cinco jogos.
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