O Benfica falhou todos os objetivos da temporada, à exceção da conquista da Supertaça Cândido de Oliveira. Ainda assim, ficou curto em termos de objetivos para aquilo que foi o investimento e a expectativa gerada entre os adeptos. O bicampeonato não foi alcançado e foi o vizinho Sporting a sagrar-se campeão nacional. Na Taça de Portugal, o Sporting também foi carrasco das águias, que na Europa ficaram cedo fora da Liga dos Campeões (ainda na fase de grupos) e foram afastadas pelo Marselha na Liga Europa.
Perante o contexto atual, o presidente e a Direção do Benfica encontram-se numa espécie de dilema: continuar com Roger Schmidt ou despedir o treinador para que a equipa tenha um novo técnico?
Benfica "não dava hipóteses" e na Luz "tinham equipa de outra dimensão"
As opiniões dividem-se entre benfiquistas mas também há opinião a este respeito fora do universo encarnado. Augusto Inácio, antigo treinador, jogador e dirigente do Sporting, acredita que se Roger Schmidt ficar na Luz e as coisas não correrem bem, "sobrará" para Rui Costa, que entra no último ano de mandato na liderança encarnada.
"Se mantiver Roger Schmidt e as coisas não começarem a correr bem na próxima época, sobrará para o treinador e o presidente", avisou Inácio, em declarações à Lusa.
O treinador salientou também que as expectativas criadas na primeira época de Schmidt na Luz levaram a que fosse entendido que a segunda época fosse um 'passeio' dos encarnados. E neste dado entrou também o investimento da equipa em contratações como as de Ángel Di María, com "Rui Costa a passar a mensagem de que podia vencer a Champions".
Certo é que as águias têm agora de traçar o caminho para a nova época, sempre cientes de que o passado colocará em causa qualquer presente que não chegue como esperado pelos adeptos.
Na ideia de Augusto Inácio, o "Benfica vendeu bem, mas gastou muito mal". E o treinador realça a forma como se passou a ideia de que o Benfica teria uma temporada tranquila em relação aos rivais.
"O Benfica nunca foi essa equipa poderosa"
"No princípio da época, dizia-se que não davam hipóteses a ninguém neste campeonato e tinham uma equipa de outra dimensão", declarou Augusto Inácio.
Mas "o Benfica nunca foi essa equipa poderosa", salientou ainda Augusto Inácio, que falou ainda da importância da introdução do VAR no futebol nacional e internacional.
Na ideia de Augusto Inácio "se não houvesse a intervenção do VAR, se calhar, as coisas tinham pendido para outros lados", admitiu o ex-treinador do Sporting.