Em finais de julho, a SIC e a TVI anunciaram que iriam parar de produzir programas de desporto que assentam em comentadores de clubes de futebol, mais concretamente, de Sporting, Benfica e FC Porto.
Hélder Amaral, antigo deputado do CDS e conhecido adepto do Sporting, discorda da medida e relembra, através de uma publicação do Twitter, que o Benfica teve uma estratégia que, segundo o próprio, consistia no “controlo de influência e proximidade a vários setores”, sendo que os jornalistas era um dessas áreas.
O ex-deputado socorre-se de uma lista em que se pode ver "custos com pessoal" e as siglas dos jornalistas de vários órgãos de comunicação social, que alegadamente seriam pagos para colaborar com um blogue.
Como tal, Amaral considera que “despedir comentadores” e manter jornalistas que constam da “lista” representa “trocar uma toxicidade por outra”.
“Houve uma estratégia do Benfica, plasmada em documento oficial de controlo de influência e proximidade a vários setores, um deles os jornalistas, conforme lista divulgada. Despedir comentadores/adeptos e manter jornalistas que constam da lista é trocar uma toxicidade por outra”, escreveu Hélder Amaral.
O centrista, que também já participou em programas de debate desportivo, como adepto dos leões, repete assim críticas às opções editoriais dos canais.
Segundo a SIC, a medida visou combater um ambiente de "toxicidade", gerado, segundo o canal, por programas com aquele formato. Acresce que, segundo a estação televisiva, os clubes estariam a seguir estratégias de influência sobre esses comentadores.
Hélder Amaral considera que o fim desses programas é "substituir toxicidade".
Houve uma estratégia do SLB, plasmada em documento oficial de controlo de influência e proximidade a vários sectores, um deles os jornalistas, conforme lista divulgada. Despedir comentadores/adeptos e manter jornalistas que constam da lista, é trocar uma toxicidade por outra. pic.twitter.com/PKuuExmO2y
— Hélder Amaral (@helderamaral67) August 6, 2020