O Sporting está numa corrida contra o tempo para tentar que Paulinho seja opção para o clássico contra o FC Porto, agendado para o próximo domingo, no Estádio de Alvalade, em Lisboa. O avançado está suspenso na sequência da expulsão diante dos azuis e brancos na Taça da Liga mas o departamento jurídico verde e branco acredita que o recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto poderá libertar o jogador para as opções do treinador Rúben Amorim.

Há poucas épocas atrás, a estrutura leonina avançou com idêntico procedimento, na altura em relação ao médio João Palhinha, que tinha visto um cartão amarelo que o deixaria de fora de um embate contra o Benfica. O Sporting ajudou o centrocampista a avançar com uma providência cautelar e nas horas que antecederam a partida na Luz foi dada autorização para que João Palhinha fosse a jogo.

O treinador Rúben Amorim acabaria por não utilizar de início o jogador que, ainda assim, foi lançado no decorrer da partida, dado que a providência cautelar foi aceite.

Agora, em Alvalade, acredita-se que também o avançado Paulinho poderá ter autorização para ir a jogo diante do FC Porto, naquele que representa o último de três jogos de suspensão aplicados pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.

O avançado foi expulso na final da Taça da Liga pelo árbitro João Pinheiro que no relatório mencionou alegados insultos proferidos pelo internacional português, situação que lhe valeu o castigo de três jogos, tendo Paulinho já cumprido dois desses encontros.

Paulo Andrade, antigo dirigente do Sporting, diz que se estivesse dentro da estrutura leonina apostaria em semelhante procedimento para tentar que Paulinho fosse a jogo no domingo frente ao FC Porto.

O ex-dirigente do clube de Alvalade diz que "faria o mesmo", até porque, referiu ainda, os adversários do clube de Alvalade já usaram "outros métodos".

"Se resultou com o Palhinha..."

"Se resultou com o Palhinha...", admitiu Paulo Andrade, sublinhando que "desde que seja legal" está de acordo. "Eu se estivesse lá, faria o mesmo", sustentou o antigo dirigente verde e branco, confiando que a estrutura tudo faça para que Rúben Amorim possa ter um leque de opções alargado.

"A Administração tem de fazer de tudo para permitir que o treinador, querendo ou não, utilize o jogador", comentou Paulo Andrade, que falava em declarações na CMTV, insistindo que espera que tudo seja feito dentro do que é "legal".

"Desde que seja um processo legal e não haja outros métodos que já foram utilizados por outras equipas, nomeadamente os nossos adversários...", salientou ainda Paulo Andrade, confiando também nas opções que o técnico tem disponíveis mesmo sem Paulinho.

"Depois caberá ao treinador metê-lo a jogar, mas com Chermiti em grande forma não sei como vai ser", relatou o antigo dirigente do clube de Alvalade.