O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, não deixou escapar a oportunidade de fazer um reparo à arbitragem do último jogo do Sporting frente ao Farense, no Estádio de S. Luís, em Faro, vencido pela margem mínima. A arbitragem de Hugo Miguel, que foi apoiado pelo VAR Hélder Malheiro, no jogo da jornada 27 do campeonato português, foi criticada pelo máximo dirigente do emblema nortenho, ao falar das aspirações azuis e brancas para a revalidação do título nesta temporada desportiva.
"Os primeiros a pensar nisso são o Sérgio Conceição e os jogadores. Nenhum jogador ou elemento da equipa técnica, nomeadamente o treinador, que até nos treinos quer ganhar, admite estar fora da Liga dos Campeões. Se ainda admitem poder ser campeões, e eu também… embora depois de Faro tenhamos a noção de que vai ser mais difícil. Mas são eles que nos transmitem essa ideia", comentou Pinto da Costa, aludindo aos casos de arbitragem do jogo do Sporting, em Faro, que já tinham sido contestados pelo porta-voz azul e branco, que lamentou que o jogo do Sporting frente ao Farense não tivesse a tecnologia do videoárbitro. "Foi uma pena que este jogo em Faro não tenha tido VAR. Se tivesse tido com certeza estes lances teriam sido corrigidos", comentou Francisco J. Marques, no Twitter.
Já Pinto da Costa, que falava à margem de uma conferência de imprensa na apresentação da situação financeira dos azuis e brancos, falou ainda sobre a postura dos dragões para o que aí vem. "Admito tudo, admito amanhã um terramoto. Aqui no Porto não, mas noutro sítio qualquer. Temos de estar preparados para tudo e sei que, pelos responsáveis, está a ser feito um esforço para que tudo decorra normalmente", disse Pinto da Costa.
O presidente dos dragões aproveitou para enviar um recado ao Governo, pelos atrasos na devolução do IVA, exigindo o pagamento de quase cinco milhões de euros. “Ninguém compreende, ainda para mais sendo o futebol uma indústria que dá trabalho a tanta gente e que enche os cofres do estado com dinheiro dos impostos como poucas indústrias fazem. Já sabemos qual é a política do governo, mas não contamos com nada. Aproveito para pedir ao governo que nos pague o que é nosso e que tem em seu poder, que é o IVA e que já devia estar em nossa posse desde o ano passado. São 4 milhões e 750 mil euros. Não só não nos ajudam como ainda retêm o que é nosso. Isso tem um termo no dicionário, que não vou dizê-lo, mas procurem na letra C”, atacou.
Nestas declarações, Pinto da Costa falou ainda sobre o tema do momento, a criação da Superliga europeia. “Estamos na Champions e esperamos continuar a estar por muitos anos”, disse o líder dos dragões, dando exemplo de emblemas como o Bayern de Munique, Ajax e Paris Saint-Germain, que estão fora deste projeto criado por alguns emblemas europeus.
Pinto da Costa voltou a abordar a temática da renovação do contrato com Sérgio Conceição, reiterando que está convicto de que o técnico será prorrogado. O presidente do FC Porto assegura, no entanto, que não cederá a pressões “seja de quem for”.
“Mantenho a mesma convicção. Quando houver novidades nós comunicaremos. É quando nós entendermos e não por pressões, seja de quem for”, afirmou o dirigente.
Num comentário à participação do FC Porto na Champions, Pinto da Costa tece elogios à equipa. “Foi uma participação excelente. Só não estou de acordo que tenhamos dado muita luta ao Chelsea. O Chelsea é que teve de dar muita luta ao FC Porto e soube aproveitar dois erros individuais, que acontecem aos melhores, para seguir em frente. Não resta dúvida nenhuma de que o FC Porto foi superior ao Chelsea”, concluiu.