O capitão da Seleção Nacional e figura principal do Real Madrid não se cansa de faturar
Depois dos dois golos marcados na vitória por 3-0 sobre a Letónia, em jogo de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2018, Cristiano Ronaldo tornou-se o terceiro melhor marcador de sempre em seleções europeias, ultrapassando o alemão Miroslav Klose. O astro português, de 32 anos, não pára de quebrar recordes no futebol português e mundial.
Tal como o vinho, Ronaldo parece estar melhor com a idade. Não se cansa de ganhar, marcar e conquistar tudo o que pode, sendo sempre a figura maior da sua equipa, tanto na Seleção Nacional como no Real Madrid. “Enquanto houver estrada p’ra andar, a gente vai continuar”, já dizia Jorge Palma. No caso do futebolista, a verdade é que enquanto houver recordes para bater, Ronaldo vai continuar.
A caminho do golo… 110
Estreou-se com a camisola das quinas em 2003, com apenas 18 anos, num encontro com o Cazquistãso. O primeiro golo surgiu no ano seguinte, no jogo inaugural do Europeu de 2004. No Estádio do Dragão, Cristiano Ronaldo marcou o tento português na derrota (2-1) com a Grécia, que depois voltaria a bater Portugal na final. Até ao fim desse ano, o (então) jovem viria a faturar por mais seis vezes.
Hoje, CR7 soma 73 golos em 139 jogos pela Seleção Nacional. Passou Pauleta como goleador máximo e Luís Figo como aquele que mais partidas disputou, sendo também o atual capitão da equipa lusitana. Levantou, também, o troféu referente à conquista do Europeu de 2016, sendo o primeiro a fazê-lo. Cristiano Ronaldo é, por isso, a figura máxima da história da Seleção, por tudo o que conquistou e conseguiu. Nenhum outro chegou, sequer, perto.
Ronaldo é, atualmente, o nono maior goleador de sempre no conjunto de todas as seleções nacionais. À sua frente tem nomes como o brasileiro Pelé (quinto, 77 golos) ou o húngaro Puskas (segundo, 84 golos). Em condições normais, sem lesões ou quebras drásticas de forma, o antigo jogador de Sporting e Manchester United ultrapassará estas duas lendas, mas ainda lhe restará um obstáculo para subir ao lugar mais alto do pódio.
Desconhecido por muitos, o melhor marcador de sempre nas seleções nacionais é Ali Daei, antigo avançado iraniano que chegou a representar clubes como o Bayern Munique ou o Hertha Berlim. Com 109 golos, tem uma vantagem de 25 golos para Puskas, o que demonstra a veia goleadora do asiático.
Para Cristiano ultrapassar Ali Daei, que hoje conta com 48 anos de vida, terá que marcar mais 37 golos até ao fim da sua carreira pela Seleção Nacional, mais um do que os que conseguiu de 2012 a 2016. A missão afigura-se complicada, mas longe de ser impossível quando falamos de Cristiano Ronaldo, um jogador que leva um rácio de 1,67 golos por jogo ao serviço de Portugal em 2017.
Cristiano Ronaldo festeja mais um golo frente à Letónia, na passada sexta-feira (Mário Cruz/Lusa)
Decisivo, também nas grandes provas
A maioria dos golos de Cristiano Ronaldo pela Seleção acontecem nos jogos particulares ou nos encontros de qualificação para as grandes competições. No entanto, isso não quer dizer que não seja tão determinante em Campeonatos do Mundo ou da Europa.
Vejamos: Cristiano Ronaldo marcou sempre que participou numa dessas provas. No Europeu de 2004 faturou contra a Grécia e a Holanda, enquanto em 2006, no Mundial, fez o segundo golo da vitória frente ao Irão. Repetiu a dose no Campeonato da Europa de 2008 (República Checa) e no Mundial de 2010 (Coreia do Norte).
Em 2012, em mais um Europeu, ‘bisou’ contra a Holanda e voltou a marcar à República Checa, com o Campeonato do Mundo dois anos depois a ficar marcado pelo golo ao Gana. No Europeu de 2016, que culminou na vitória de Portugal, marcou três golos, dois à Hungria e um ao País de Gales.
No total, Cristiano Ronaldo marcou nove golos em Europeus e três em Mundiais, nunca ficando ‘a seco’ numa grande competição. Feito para os grandes jogos e palcos, como ficou provado na mais recente final da Liga dos Campeões, Cristiano lida bem com a pressão, tendo até já dito que gosta de a sentir.
No palmarés do craque nascido na Madeira falta muito pouco, mas não aparece nada nas categorias ‘Taça das Confederações’ e ‘Campeonato do Mundo’. Ambicioso como poucos, Ronaldo tem na Rússia – onde se vão realizar as próximas edições desses torneios – hipótese de preencher esses espaços em branco, com a certeza que, se não o conseguir, não será por falta de talento ou trabalho.