Portugal
Costa considera "previsível" que proibição de adeptos nos estádios se mantenha
2021-04-29 20:35:00
Primeiro-ministro admite que situação não deve registar "evolução" antes do final da temporada

O primeiro-ministro, António Costa, considerou "previsível" que a proibição do público nos estádios vigore até ao final da temporada, ao apresentar as medidas que vão entrar em vigor com o fim do estado de emergência e a entrada em vigor do estado de calamidade.

"Neste momento, não foi tomada nenhuma iniciativa de alteração da situação. Até ao final da época ainda falta bastante tempo, não é previsível que venha a haver uma grande evolução nesta matéria", respondeu António Costa, quando questionado sobre a situação do futebol, em conferência de imprensa.

Minutos depois, o primeiro-ministro foi questionado sobre o Rali de Portugal, previsto para o final deste mês. "Quanto aos eventos em espaço público, a Direção-Geral da Saúde já definiu ou está a definir quais as regras admissíveis", respondeu o governante.

Logo a abrir a intervenção, o governante confirmou que "a prática de todas as modalidades desportivas passa a estar permitida, bem como e para toda a atividade física ao ar livre", com os ginásios a poderem "funcionar com aulas de grupo, observando as regras de segurança e higiene".

As declarações de Costa surgiram depois do Conselho de Ministros, no qual foram aprovadas as medidas a adotar com a entrada de Portugal no estado de calamidade, a partir das 00h00 de sábado. "Hoje, fazendo a avaliação da pandemia, pudemos tomar a decisão de dar o passo em frente para a próxima etapa do desconfinamento", anunciou.

A situação de calamidade é o nível de resposta a situações de catástrofe mais alto previsto na Lei de Base da Proteção Civil, depois da situação de alerta e de contingência. Às 23h59 de sexta-feira, termina o 15.º período de estado de emergência, situação em que Portugal se encontra desde 09 de novembro de 2020.

"Podemos verificar que, relativamente à taxa de incidência, o país manteve uma tendência positiva, tendo partido de 118 casos por 100 mil habitantes a 14 dias em 09 de março para os 66 casos ao dia de ontem", acrescentou o líder do Governo.

"No que diz respeito ao índice de transmissibilidade, começámos abaixo de 1, já estivemos acima de 1 e hoje estamos, precisamente, em 1. Da síntese destes dois indicadores demonstra-se que, claramente, nos mantemos no quadrante verde da matriz de risco, hoje com uma menor incidência e um risco de transmissibilidade controlado ao nível de 1", finalizou António Costa.