Portugal
Conselho de arbitragem denuncia vandalização do prédio onde mora Vasco Santos
2017-09-07 11:45:00
Federação Portuguesa de Futebol solidarizou-se com o árbitro da AF Porto

O Conselho de Arbitragem denunciou esta quinta-feira que o prédio onde mora o árbitro Vasco Santos, videoárbitro no polémico Benfica-Belenenses, foi vandalizado esta madrugada, solidarizando-se com o juiz de campo da AF Porto e repudiando o que designa por "discurso de ódio". 

Na sequência desse jogo, Eliseu esteve sobre alçada de um processo instaurado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, que acabou por arquivá-lo por concluir que não existiam claros indícios de infração por parte do jogador do Benfica, num lance entre Eliseu e Diogo Viana, em que o árbitro Rui Costa não viu qualquer ação faltosa e concedeu lançamento. Vasco Santos, nomeado para o videoárbitro nesse jogo, assumiu que viu o lance através de vários ângulos e defendeu que não existiu qualquer agressão ou prática de jogo violento. Assim, optou por não alertar Rui Costa. 

Pode ler o comunicado na íntegra:

1. O prédio onde mora o árbitro C1 Vasco Santos foi esta madrugada vandalizado.

2. O Conselho de Arbitragem fará chegar ainda hoje toda a informação disponível às autoridades, a exemplo do que sucedeu em ocasiões anteriores com episódios da mesma natureza.

3. O Conselho de Arbitragem condena de forma inequívoca e veemente este tipo de comportamento que visa perturbar os agentes da arbitragem.

4. O comportamento irresponsável de agentes desportivos em relação aos árbitros e à arbitragem, velho de décadas, é potenciador deste tipo de situações.

5. Tal como teve oportunidade de sublinhar recentemente, o Conselho de Arbitragem nota que os castigos a árbitros são efetivos enquanto os castigos a dirigentes desportivos produzem reduzido efeito prático.

6. O Conselho de Arbitragem exorta os clubes a demonstrar que são capazes de analisar a gravidade deste tipo de situações e encontrar soluções imediatas no quadro da autorregulação existente.

7. O discurso de ódio dos agentes desportivos tem como principal vítima a arbitragem – e o futebol! -, o que é insuportável e inaceitável.

8. O discurso de ódio no futebol tem de parar de imediato.

9. O Conselho de Arbitragem apela às autoridades públicas para que não esperem por uma tragédia para intervir.

10. O Conselho de Arbitragem defenderá de forma enérgica e inequívoca todos os árbitros portugueses.

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