Sónia Carneiro, diretora executiva e coordenadora da Liga, entende que a organização dos jogos que restam para o fim da Liga NOS obrigará o organismo a atenções redobradas para que esta retoma não implique uma onda de infeção por Covid-19.

Certa de que o "futebol não será a solução da pandemia", o regresso da I Liga "levará um conforto adicional aos adeptos" que têm vivido "no turbilhão das más notícias" com a Covid-19.

Numa altura em que são várias as críticas de clubes do segundo escalão, a diretora da Liga justifica que "na ponderação dos riscos", o Governo de António Costa "entendeu que apenas seria possível concluir a Liga NOS" ainda que "em recintos reavaliados e despidos da cor, do som e da festa dos adeptos nas bancadas".

Sónia Carneiro sustenta que no Plano de Retoma das Competições realizado pela Liga não estava previsto acabar em campo apenas a Liga portuguesa mas também a II Liga.

"Compreendemos a gestão do risco e da opinião pública, mas acabar a época em campo somente na Liga NOS não era a solução que preconizávamos e que detalhadamente sustentámos", esclarece.

Porém, este é "o resultado que nos impõem as circunstâncias", argumenta a diretora da Liga, em artigo de opinião no jornal O Jogo.

Sónia Carneiro explica ainda que caberá agora à Liga como entidade que organiza as partidas a função de "montar uma operação inédita em Portugal" para que se termimem os jogos em falta e possam ser determinados os vencedores e os vencidos em campo.

A diretora destaca ainda que o futebol quer ser uma "montra" para o país na forma como o regresso à atividade deverá acontecer, mas esta certa de que se trata da época "mais inusitada que o futebol profissional alguma vez viveu".