O Benfica cedeu terreno para os rivais na luta pelo título e o clube já prestou esclarecimentos sobre o atual momento e os debates que têm sido feitos. 

Entre justificações para os jogos de seleção e para a covid-19, o Benfica também referência que a ausência de público está a condicionar a equipa das águias, salientando-se que "o Benfica é, comprovadamente, o clube que mais força perde com a ausência dos adeptos".

Mas para Fernando Mendes, antigo jogador do Benfica, que já trabalhou com Jorge Jesus, a ausência de público poderá até estar a dar 'tranquilidade', nesta altura, quer a Jorge Jesus quer a Luís Filipe Vieira que assim não ouvem o 'Terceiro Anel'.

"Agora digo uma coisa, quando dizem que, se calhar, o Sporting está em primeiro porque não tem adeptos nas bancadas, se não podiam chatear os jogadores, agora digo o contrário. Se calhar já não estavam Jorge Jesus e Luís Filipe Vieira com estes resultados num Estádio da Luz cheio."

Admintindo que o plantel poderá ter retoques, Fernando Mendes diz que não acredita que a salvação do Benfica nesta temporada seja Lucas Veríssimo, central há muito desejado por Jorge Jesus. 

"O Benfica gastou 100 milhões de euros em jogadores. Isto é o plantel mais caro de sempre do futebol português com internacionais belgas, argentinos, alemães, uruguaios, brasileiros. Tomara a muitas equipas europeias ter este plantel. Se acho que foi dinheiro mal gasto em algumas contratações? Acho".

Fernando Mendes diz que não tem dúvidas de que a equipa irá lutar pelo título mas diz que "há falta de agressividade no bom sentido" no jogo das águias.

"Não foi só o jogo do Santa Clara. Qualquer equipa com intensidade ganha os duelos ao Benfica. Isto não é normal com Jorge Jesus. Os jogadores têm de dar mais mas o treinador também. Ele é que trabalha com os jogadores."

Na CMTV, o ex-jogador encarnado, que também representou FC Porto e Sporting, entre outros emblemas, sustentou ainda que tem que se saber se estes 100 milhões de euros foram aplicados em jogadores que Jesus queria.

"Fala-se que ele não queria o Vertonghen. Não queria o Otamendi. Fala-se. Não queria este rapaz do Barcelona o Todibo. Não tenho dúvidas de que ele queria o Gerson e o Bruno Henriques. Aí é que pode estar a diferença", equacionou Fernando Mendes.