O futebolista do Marítimo Edgar Costa, natural de Câmara de Lobos, disse hoje estar “triste” com a situação da freguesia, alvo de uma cerca sanitária para combater a propagação da pandemia de covid-19.
“Fiquei triste e ainda mais preocupado. Tenho muitos amigos. Infelizmente, aconteceu em Câmara de Lobos, como podia ter acontecido em qualquer lado. Temos de nos apoiar uns aos outros, porque isto não é uma situação fácil para ninguém”, comentou o capitão ‘verde rubro’, no programa ‘Marítimo na TSF’.
Na freguesia de Câmara de Lobos, uma das cinco que compõem este concelho contíguo a oeste do Funchal, surgiu um foco da pandemia da covid-19 num dos bairros sociais (Nova Cidade), com 16 pessoas de uma família infetadas depois de, alegadamente, terem estado juntas num convívio pascal.
Nesta freguesia residem cerca de 18 mil pessoas, pelo que as autoridades de saúde decidiram confinar a localidade com uma cerca sanitária, que vigora até 03 de maio.
Edgar Costa garantiu ter “muito prazer” em ser de Câmara de Lobos e deixou uma mensagem aos conterrâneos.
“Quero dar um grande abraço ao pessoal de Câmara de Lobos e, especialmente, à família que está afetada, que conheço muito bem. Estamos juntos, dentro do mesmo barco, e vamos lutar para isto passar o mais rápido possível, para termos ainda mais orgulho da nossa terra”, assinalou.
O extremo da equipa madeirense também disse acreditar que a pandemia de covid-19 vai servir de lição para a população em geral.
“Penso que, quando isto passar, muita coisa vai mudar. Já devia ter sido antes, mas isto vai ensinar muita coisa, a sermos mais amigos e unidos, a ajudarmo-nos uns aos outros e é importante dar a mão à pessoa ao nosso lado”, opinou.
Portugal regista 762 mortos associados à covid-19 em 21.379 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Das pessoas infetadas, 1.172 estão hospitalizadas, das quais 213 em unidades de cuidados intensivos, e o número de doentes curados aumentou 50,3%, de 610 para 917.
Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".