O Canelas está nos quartos de final da Taça de Portugal numa caminhada histórica do emblema de Vila Nova de Gaia que mostra agora um pouco do que é a sua realidade. O capitão, Fernando Madureira, por exemplo, é chefe da claque Super Dragões, do FC Porto. Mas há outros rostos que têm dupla missão no clube gaiense que "com nada" tenta "fazer muito".

"Quem conhece a realidade do Canelas torna ainda mais histórico o nosso feito", explica Francisco Duarte, presidente da Mesa da Assembleia Geral do Canelas 2010.

Este dirigente do emblema de Vila Nova de Gaia lembra que "só os Dragões Sandinenses tinham chegado aos quartos de final" no que toca a equipa de Gaia.

"Vivemos com muita dificuldade, é a realidade do futebol em Portugal, tirando a minoria dos grandes. Temos de ser todos 'faz-tudo'. Na teoria temos cargos, mas na prática temos de nos multiplicar em funções", refere Francisco Duarte, falando, por exemplo, do líder do clube.

"O nosso presidente é treinador-adjunto. Se for preciso ir à farmácia, ele é que vai. Temos um espírito de missão, de compromisso com o clube", garante, em entrevista ao programa 'As Três da Manhã', da 'Renascença'.

O dirigente reconhece que o clube tem sido conotado com violência mas deixa claro que assim não é atualmente. "O Canelas está muito conotado com a violência. Foi ótimo ser televisionado, ainda nos relacionam a isso, mas é coisa do passado", garante Francisco Duarte.

O presidente da Mesa da Assembleia-Geral sustenta ainda que gostava de ter pela frente o FC Porto "para a festa" ou então o Benfica "para mostrar". 

"Do ponto de vista desportivo e da festa da Taça, queria o FC Porto. Para mostrar, queria o Benfica. Sobretudo em casa, acho que teríamos reais hipóteses de passar. Iríamos complicar mais do que equipas da primeira divisão", destacou Francisco Duarte que aguarda com expectativa o sorteio da próxima segunda-feira.