O espetáculo futebolístico está sempre em evolução e, recentemente, os adeptos têm sido brindados com festivais de luz e som antes de jogos de futebol em alguns dos palcos mais emblemáticos do futebol europeu. Em Portugal, é o Benfica que está nesta vanguarda, a ditar a novidade, por cá, com o Estádio da Luz a ser palco de um show de luz e som antes de cada duelo das águias, contagiando a plateia antes do apito inicial.
Nuno Encarnação, gestor e conhecido adepto do FC Porto, não fala do espetáculo encarnado mas, em artigo de opinião que assina no jornal Record, aproveita para criticar a condição visual do Estádio do Dragão e as condições oferecidas aos adeptos, que lhe fazem lembrar os "anos 80". "A relva do Dragão está miserável, as cadeiras perderam a cor e o som e as luzes do estádio fazem lembrar os anos 80. Mas para isto não há dinheiro", lamentou o gestor, que tem sido muito crítico em relação à política de vencimentos dos administradores da SAD do FC Porto.
"Para os menos atentos, Jorge Nuno Pinto da Costa tem um salário anual de 644 mil euros e o doutor Fernando Gomes, das Finanças, 364 mil euros mais extras", referiu Nuno Encarnação, insistindo no tema dos prémios que a SAD paga aos seus administradores de cada vez que o FC Porto soma sucesso desportivo.
"Entenderam, porém, que os seus ordenados e benesses são insuficientes", aludiu Nuno Encarnação, velando críticas como anteriormente aos elementos que gerem a sociedade portista.
Neste seguimento, Nuno Encarnação diz também que a Comissão de Vencimentos fez um esclarecimento que lhe pareceu ser um atestato à condição mental dos adeptos azuis e brancos.
"Como se fôssemos todos atrasados mentais"
"A Comissão de Vencimentos veio justificar (como se fôssemos todos atrasados mentais) que deste valor só chegará à carteira dos administradores uns míseros 800 mil euros, após impostos", lamentou Nuno Encarnação, esperando que alguma coisa mude no emblema azul e branco.
"Está na hora do Robin Hood fazer uma visita ao Dragão", disse Nuno Encarnação, aludindo ao famoso personagem Robin dos Bosques que, segundo a lenda, era um fora da lei que roubava da nobreza para dar aos pobres.
Os vencimentos dos administradores do FC Porto têm dado que falar, sobretudo na comparação com administradores de Benfica e Sporting.
O clube liderado por Pinto da Costa, em reação oficial, justificou que os ordenados que são pagos aos administradores portistas, sustentando que se tratam de verbas que foram aprovadas "previamente pelos órgãos sociais competentes".