“Um por 11 milhões e outro por 20. Baratinhos e quase novos”
O avançado brasileiro Arthur Cabral, contratado pelo Benfica à Fiorentina no último mercado de transferências a troco de 20 milhões de euros, tornou-se rapidamente alvo de muitas críticas e irónicas análises por parte dos demais comentadores desportivos nacionais. O mais recente crítico do rendimento de Cabral na Luz é Mauro Xavier, conhecido sócio do clube encarnado.
A intervenção do sócio das águias na CMTV trouxe à tona questões relevantes sobre o desempenho de Arthur Cabral com a camisola do Benfica, bem como a sua difícil adaptação ao esquema tático implementado por Roger Schmidt e ainda o investimento feito pelo presidente Rui Costa no seu passe.
Arthur Cabral chegou à Luz proveniente da Fiorentina, com a difícil missão de substituir Gonçalo Ramos na frente de ataque dos encarnados, numa transferência que envolveu, como diz Mauro Xavier, um montante inferior ao custo de aquisição dos defesas centrais do FC Porto B.
No entanto, o jogador brasileiro tem enfrentado desafios significativos desde a sua chegada a terras lusas, tornando-se num tema de discussão entre os adeptos benfiquistas, que se têm mostrado desconfiados quanto ao que Arthur Cabral pode oferecer à equipa.
Difícil adaptação de Arthur Cabral ao esquema tático de Roger Schmidt
Uma das principais questões é o desafio de Arthur Cabral em se integrar completamente no esquema tático implementado pelo técnico alemão, esquema este que o levou à conquista do campeonato nacional na sua época de estreia ao leme das águias.
O possante avançado, conhecido pelo seu estilo de jogo mais físico e de área, está a adaptar-se a uma filosofia que exige movimentação constante e ainda uma participação ativa na construção do jogo. Essa transição nem sempre é suave, e o desempenho do jogador tem refletido algumas dificuldades neste processo.
“E cometeram duas ‘casas’ brilhantes, cada um deles”
A análise de Mauro Xavier, numa das suas intervenções na CMTV, onde comparou os valores investidos em Arthur Cabral e nos centrais do FC Porto B, um deles David Carmo, central que custou 20 milhões de euros aos cofres dos dragões, adicionam uma camada de crítica ao desempenho do avançado brasileiro.
A expressão ‘baratinhos, quase novos por estrear’ denota não apenas uma comparação financeira, mas também destaca as falhas individuais dos defesas portistas, conforme revelado por Xavier.
“Um por 11 milhões e outro por 20. E cometeram duas ‘casas’ brilhantes cada um deles. Baratinhos, quase novos por estrear”, disse o conhecido sócio do Benfica.
O investimento de Rui Costa, presidente do atual campeão nacional, em Arthur Cabral também está a ser alvo de escrutínio. Com os adeptos encarnados a questionarem se o valor gasto na aquisição do avançado brasileiro foi acertado, a pressão sobre o jogador intensifica-se a cada jogo para que consiga demonstrar o seu real valor em campo e justificar a sua tranferência para a Luz.
Apesar de ter sido decisivo na qualificação para a Liga Europa, e por ter marcado recentemente diante do Sporting de Braga, num triunfo que garantiu ao Benfica a passagem aos quartos de final da prova raínha, o desempenho irregular de Arthur Cabral tem gerado múltiplas dúvidas e críticas por parte dos adeptos benfiquistas nas redes sociais e ainda por figuras conhecidas e respeitadas na Luz, como é o caso de Mauro Xavier.
A incerteza em torno da capacidade do jogador brasileiro de corresponder às expectativas continua a ser uma questão central no universo benfiquista.
Recentemente, também Pedro Henriques, ex-jogador do Benfica, mostrou-se irónico quanto à possibilidade de Arthur Cabral virar um ‘ídolo’ para os adeptos encarnados e fazer esquecer Gonçalo Ramos. É que o brasileiro, recorde-se, foi o mais visado pelas apreciações negativas, na muito comum análise aos reforços. Sobretudo aqueles que são caros e não convencem.
“O senhor que era picanha se calhar vai passar a ser filé mignon…”, ironizou a antiga estrela do Benfica.