Portugal
Bruno de Carvalho critica aparecimento "patético" de Saraiva
2020-07-14 17:00:00
Ex-presidente não alinha pela teoria de que o Sporting não venceu o campeonato 2015/16 por causa da comunicação

Bruno de Carvalho partilhou um longo texto na rede social Instagram onde comenta as recentes aparições do seu ex-diretor de comunicação em público, Nuno Saraiva.

"Sempre que quero 'esquecer' algo eis que vem o passado bater à porta! Desta feita o Nuno Saraiva", começa por destacar o antigo presidente do Sporting, notando que o ex-responsável pela pasta da comunicação em Alvalade anda a "fazer o jogo do perdoa-me".

"O instinto de sobrevivência é salutar mas quando não é acompanhado de inteligência acaba por se tornar patético", considera Bruno de Carvalho.

Destacando que numa altura em que aparecem avanços nos processos Lex e Mala Ciao, entre outros, e que se sabe que Vieira foi constituído arguido num processo que investiga uma alegada fuga ao fisco, "eis que Nuno Saraiva veio dar uma visão 'jornalística' sobre o campeonato de 2015-16".

Bruno de Carvalho não compreende como é que Saraiva considera que "foi o excesso de comunicação que fez o Sporting perder o campeonato".

"Estão inúmeros jogos a ser investigados, foram vários os jogadores que confessaram ter sido aliciados, existem a decorrer processos de alegada corrupção de justiça... mas foi a comunicação", assinala o ex-presidente verde e branco de forma irónica.

No texto que dedica ao ex-diretor de comunicação, Bruno de Carvalho critica o facto de Saraiva ter 'desaparecido' após o ataque a Alcochete.

"Anuncia ao mundo que estava de férias e que... decidiu manter as férias, o que faz todo o sentido. As ratazanas quando saem de um barco a afundar também não é pela àgua, elas apenas vão-se embora porque têm de ir às compras."

Bruno de Carvalho lamenta ainda que Nuno Saraiva o tenha forçado a desistir do seu depoimento no processo de Alcochete.

"Um homem que se escondeu atrás de férias num momento em que tinha de demostrar o seu valor profissional e fazer o seu trabalho, que faltou à sessão a que foi chamado na fase de instrução sem dizer nada a ninguém (pelo menos nesse dia no Tribunal ninguém sabia nada dele) e que para não atrasar mais os trabalhos me obrigou a desistir do seu testemunho, vem dizer que queria ajudar? Claro que sim! Queria e quer".