Boavista e Estoril Praia empataram hoje 1-1, na conclusão da sétima jornada da I Liga, com os axadrezados a pontuarem pelo quarto encontro caseiro consecutivo e os canarinhos a continuarem invictos fora da Amoreira.

Numa noite amena no Estádio do Bessa, no Porto, o brasileiro Gustavo Sauer colocou os anfitriões em vantagem, de grande penalidade, aos 24 minutos, concretizando o quinto golo, e o terceiro seguido, em nove partidas em todas as competições esta temporada.

Os visitantes igualaram aos 71, por André Franco, e seguem no quarto lugar, com 14 pontos, agora a sete do líder isolado Benfica e a três de FC Porto e Sporting, ao passo que o Boavista continua em sétimo, com os mesmos nove pontos do Paços de Ferreira.

Com Javi García de regresso à competição praticamente um mês depois, os portuenses recuperaram o habitual trio ofensivo em relação ao triunfo em Paços de Ferreira para a Taça da Liga (2-1), com Gustavo Sauer em evidência pela terceira vez em uma semana.

Volvida uma investida de Arthur a centímetros da baliza de Alireza Beiranvand, aos oito minutos, que expressou um início estorilista mais articulado, o conjunto de João Pedro Sousa desbloqueou o marcador aos 24 minutos, numa jogada com polémica à mistura.

Nathan captou um passe de Petar Musa e bateu Lucas Áfrico em velocidade no corredor direito, onde cruzou para a direção do segundo poste, com o árbitro Miguel Nogueira a considerar de pronto que a bola bateu no braço em vez do ombro de Chiquinho na área.

O lance foi revisitado durante cinco minutos através das imagens do videoárbitro (VAR), mas sem alterar a decisão inicial, encaminhando para a marca dos 11 metros Gustavo Sauer, que atirou para o lado contrário de Daniel Figueira e deixou o Bessa em euforia.

Os pupilos de Bruno Pinheiro, com Francisco Geraldes e Rui Fonte nos lugares de André Franco e Leonardo Ruiz, respetivamente, face à derrota caseira diante do Sporting (0-1), sentiram o golpe e foram perdendo variabilidade dentro do último terço até ao descanso.

Um pontapé inofensivo de fora da área de João Gamboa perto da meia hora resumiu a produção ‘canarinha’, enquanto Daniel Figueira via Petar Musa rematar à figura, aos 25 minutos, e por cima, aos 43, entre um ‘tiro’ acrobático ao lado de Kenji Gorré, aos 38.

No regresso dos balneários, o Estoril Praia cresceu em agressividade nos duelos e subiu de rendimento com bola, ainda que tenha começado por inquietar a organização do Boavista apenas na primeira jogada do reatamento, com Patrick William a cabecear alto.

Aos poucos, os anfitriões voltaram a reequilibrar territorialmente as operações no meio-campo e testaram Daniel Figueira aos 64 minutos, com um disparo de longe de Kenji Gorré, numa fase em que os treinadores preparavam as primeiras mexidas no encontro.

André Franco retribuiu a aposta de Bruno Pinheiro aos 71, quatro minutos depois de ter rendido João Gamboa, quando aproveitou a confusão na área axadrezada e respondeu ao cruzamento de Francisco Geraldes na esquerda com um vistoso remate de primeira.

O empate não satisfazia pretensões de ninguém e a equipa de João Pedro Sousa esteve mais perigosa na reta final, sobretudo aos 81 minutos, com Vukotic a desmarcar Paul Ntep, que falhou redondamente o alvo, aguentando um ponto útil com sacrifício e em inferioridade numérica, devido à saída forçada por lesão de Javi García nos descontos.