Portugal
"Benfica precisa de um guarda-redes como Marchesín", diz Diamantino
2021-03-27 15:10:00
Antigo médio das águias sem medo de “ferir suscetibilidades”

A titularidade na baliza do Benfica tem vindo a dividir os adeptos encarnados, depois de Helton Leite ter ganho a corrida a Odisseas Vlachodimos. O internacional grego não estará satisfeito com a condição de suplente e já começaram a surgir rumores, neste caso de um alegado interesse do Borussia Dortmund.

Na Luz desde 2018, Odisseas Vlachodimos soma esta época 24 jogos, com 2160 minutos em campo. Mas Helton Leite, contratado no último defeso ao Boavista, convenceu Jorge Jesus e já vai com 16 presenças, tendo 1470 minutos em campo.

Helton Leite parece reunir a preferência do treinador, mas não a de Diamantino Miranda. Só que Odisseas Vlachodimos também não agrada totalmente ao antigo médio do Benfica, que considera que as águias deviam ir ao mercado procurar um guardião como... Marchesín, o titular do rival FC Porto.

“Vou dar um exemplo que pode ferir suscetibilidades: o guarda-redes de uma equipa grande tem que ser como Marchesín. Tem de ser um guarda-redes completo e com maturidade suficiente”, afirmou.

Se for verdade que o Borussia Dortmund pretende Odisseas Vlachodimos, mais vale aproveitar oportunidade para vender o internacional grego (que também tem a nacionalidade alemã, pois nasceu em Estugarda) e usar a verba dessa transferência para arranjar um ‘novo Marchesín’.

“Se o guarda-redes, porque é um lugar muito específico, não tem a confiança do treinador, não fica a fazer nada, por muito bom que seja. Apesar de achar Vlachodimos um excelente guarda-redes, nunca o achei um ótimo guarda-redes. Nas equipas grandes, é um lugar chave”, insistiu o ex-jogador, em declarações na CMTV.

No entender de Diamantino, foi a melhoria exibicional do Benfica – leva cinco vitórias consecutivas sem sofrer qualquer golo – a ‘dar’ a titularidade a Helton Leite, cujo valor é semelhante ao de Odisseas Vlachodimos.

“Helton Leite e Vlachodimos são dois bons guarda-redes, não acho que haja uma superioridade de um em relação ao outro. Helton Leite beneficiou muito, mas mesmo muito da subida de forma de toda a equipa. Se olharmos a defesas que deram pontos, mesmo nos períodos mais difíceis do Benfica o Vlachodimos fez sempre defesas, muitas delas difíceis, que valeram pontos. Disse sempre presente, mas não é ‘aquele’ guarda-redes. Nem um nem outro”, complementou.

À margem do debate sobre o futuro de Odisseas Vlachodimos, Diamantino Miranda registou com alguma surpresa um outro rumor que tem ganho dimensão em Itália, com a imprensa a avançar com o nome de Rúben Amorim, treinador do Sporting, como estando na lista da Roma para substituir Paulo Fonseca no final da temporada.

Só que a imprensa italiana já tinha colocado nessa lista um outro técnico português: Sérgio Conceição, treinador do FC Porto. “Temos aqui mais um duelo inesperado de Rúben Amorim e Sérgio Conceição, para o lugar em que está um portugues, Paulo Fonseca”, assinalou o ex-jogador.

“O Sérgio Conceição tem um pouco mais de experiência, tal como o Paulo Fonseca, mas com o que está a demonstrar o Rúben Amorim pode despertar o interesse das grandes equipas. O que eu acho é que os grandes clubes arriscam com jogadores, mas não é muito normal arriscarem com treinadores que estão a emergir”, considerou o ex-internacional português.

Ainda de acordo com a imprensa italiana, o nome de Rúben Amorim foi colocado na lista por Tiago Pinto, o diretor desportivo da Roma. “Tiago Pinto conhece muito bem Rúben Amorim, pode vir a acontecer. Vamos a ver como acaba isto. O Sérgio Conceição vai ter um futuro brilhante como treinador, tem uma porta aberta por aquilo que fez como jogador em Itália. Não é por ter ganho um jogo à Juventus que chama a atenção, é porque as pessoas o conhecem em Itália. Não aparecendo um clube com os pergaminhos do FC Porto, não me parece que faça bem em sair duma equipa que tem a história que tem o FC Porto”, finalizou Diamantino Miranda.