Portugal
Benfica pede investigação rápida no caso dos e-mails e acusa juiz de pouco rigor
2017-10-17 09:15:00
O advogado do Benfica, João Correia, abordou o caso dos e-mails.

Continua a dar que falar o caso dos e-mails e desta feita foi o Benfica a vir a público falar sobre o assunto, através do advogado do clube, João Correia. Os encarnados voltaram a demonstrar vontade de colaborar no processo, pediram uma investigação com maior rapidez e acusaram ainda o juiz do caso de "não ter sido suficientemente rigoroso".

O Benfica pediu "uma investigação rápida, séria, profunda e rigorosa de toda a matéria divulgada às terças-feiras no Porto Canal. (...) Parece que estamos com medo. Não só não estamos com medo, como parece que quem não age está com medo de agir contra quem pratica estes atos. (...) É-nos indiferente se o que é divulgado é verdadeiro ou falso. O que interessa saber é se os e-mails têm ou não correspondência com a prática de crimes", salientou João Correia em declarações à "BTV".

O advogado do Benfica considerou ainda que aquilo que tem sido praticado no "Porto Canal", com a divulgação de alegados e-mails por Francisco J. Marques, diretor de comunicação dos 'dragões', é uma devassa de meios informáticos, violação de correspondência e ofensas ao Benfica. "Apesar da apresentação de três queixas crime e da total proatividade do Benfica, até excessiva, até agora, zero. No plano jurídico, o Benfica não é devedor de nada, comos credores da investigação. O Ministério Público mantém-se inerte, o que é paradoxal", atestou o advogado das 'águias'.

"A pretexto dos e-mails, o Benfica até é denegrido, sendo-lhe imputado um conjunto de crimes, coação, sedução de agentes desportivos. Queremos saber se é verdade. Alguma resultado foi obtido por corrupção ou coação? Se foi, o Benfica tem de ser punido. Se não, quem terá de ser punido?", deixou no ar a questão João Correia.

O advogado dos encarnados prosseguiu ainda em acusações ao juiz da investigação, com base na rejeição da providência cautelar interposta pelo Benfica como forma de parar a divulgação de conteúdos no "Porto Canal". "Apesar da simpatia clubística afirmada pelo senhor juiz, era bom que tomasse outras cautelas, porque não consumou a sua distância relativamente às decisões. É isento relativamente ao FC Porto e não é isento em relação ao Benfica, ou melhor, não foi suficientemente rigoroso. Não pode deixar um lastro de suspeição, mas não vamos por aí. Pela parte técnica, entendemos que a decisão está absolutamente errada", referiu o advogado do clube da Luz.