A ausência de golos de Vangelis Pavlidis preocupa o Benfica e António Carraça analisa a situação. O antigo diretor geral encarnado sustenta que é preciso ver para quem joga o Benfica. E só depois é que é possível perceber o rendimento do internacional grego.
Pavlidis chegou à Luz depois de uma época em que os avançados andaram longe do rendimento esperado. Petar Musa saiu a meio da época. Arthur Cabral não fez esquecer Gonçalo Ramos, nem Marcos Leonardo. Casper Tengstedt também andou longe de se afirmar de águia ao peito, pese embora alguns golos decisivos.
Carraça fala do rendimento de Pavlidis no Benfica
Por isso, o Benfica avançou para a contratação de Vangelis Pavlidis. Na pré-época, o grego apontou vários golos. A dado momento "a propaganda dizia que Pavlidis marcava mais golos do que o Gyökeres". Isso chegou a ser referido há pouco tempo pelo sportinguista Barbosa da Cruz.
Só que o rendimento de Pavlidis tem ficado longe do que os benfiquistas esperavam ao nível dos golos. António Carraça diz que é necessário ir às causas para resolver a situação de Pavlidis no Benfica.
"Não é normal uma série de pontas de lança que o Benfica contrata por 18 e 20 milhões de euros que não se afirmam", referiu o antigo dirigente do clube da Luz. "Não é normal", vincou Carraça no Canal 11.
A este respeito, o ex-diretor do Benfica recordou os tempos de Mário Jardel. "O Jardel fazia golos, mas as equipas jogavam para o Jardel, atenção", lembrou António Carraça.
Pavlidis não rende no Benfica? Carraça aponta a Di María
"As equipas do Jardel jogavam para o Jardel. A organização e planeamento tinha que ver com o Jardel. Como é que vamos servir o Jardel?", recordou Carraça. "Durante a semana trabalhavam os movimentos", vincou, dizendo que "estava tudo estruturado e planeado".
"O Benfica joga para quem? Para o Di María. É o preço a pagar", considerou ainda António Carraça. Certo é que os avançados dos rivais encarnados têm feito golos. Mas Pavlidis continua longe do sucesso na hora de marcar. E com Arthur Cabral também não têm sido números que deixem os benfiquistas agradados.
Uma vez mais, Carraça diz que é preciso analisar a forma de jogar. "Qual é o perfil do Gyökeres? Do Harder? Qual é o perfil do Samu? É o mesmo perfil do Arthur Cabral? Do Pavlidis? Do Tengstedt? Não é. São diferentes", observou Carraça.
"Agora, eu acredito que quem organizou e contratou achou que o perfil destes pontas de lança era aquele que se adequava ao plantel", admitiu António Carraça. No entanto, o ex-diretor geral das águias não coloca de parte que o Benfica queira procurar uma solução. "O Benfica já pondera contratar outro ponta de lança", destacou António Carraça.