Rui Gomes da Silva não se conforma com a eliminação precoce do Benfica na Liga dos Campeões e com o silêncio público de Luís Filipe Vieira após o desaire.

"Um líder não se pode encolher ao canto da sala e ficar em silêncio à espera que o problema passe sozinho", lamenta Rui Gomes da Silva.

O candidato a presidente do Benfica no próximo ato eleitoral diz que "o problema não é quem critica interesses instalados e aponta uma solução".

Para Rui Gomes da Silva, "o problema" também "não é a crítica feita em defesa do Benfica – e nunca ao Benfica".

No entender o ex-vice-presidente das águias "o problema não é quem é sócio ininterrupto do Benfica há 62 anos" mas, sim, "o problema é outro e está identificado há muito".

Depois de uma pré-época em que Vieira 'abriu os cordões à bolsa', Rui Gomes da Silva não entende como é que a equipa encarnada acaba eliminada de forma precoce perante o PAOK, em Salónica, na Grécia, numa eliminatória a uma só mão por conta da pandemia.

"Mais de 80 milhões gastos e somos eliminados".

Rui Gomes da Silva lamenta ainda que o Benfica não vá disputar nesta época a Champions e junte à receite que não terá o reforço financeiro que acaba por dar ao FC Porto, como única equipa portuguesa na fase de grupos da Liga milionária.

"Uma receita muito importante que se perde, ao mesmo tempo reforçando financeiramente um adversário. O pagamento das contratações a ser diferido para a próxima temporada".

Ao contrário do que defende o vice-presidente Varandas Fernandes, Rui Gomes da Silva vê "o Benfica no limiar de incumprir o fair-play financeiro".

"Eu não fico em silêncio sobre nada disto. É o futuro do Benfica que está em causa."

Deste modo, o candidato espera que os sócios lhe confiem os destinos do clube no próximo ato eleitoral.

"Em outubro, o problema tem de ser afastado pelos sócios, já que ele não se afasta por si próprio."