Portugal
Benfica garante que ações em tribunal não terão impacto financeiro
2020-06-21 10:45:00
Encarnados falam apenas em "danos na imagem"

O Benfica garantiu que o caso E-Toupeira e os processos em investigação não terão impacto financeiro no empréstimo obrigacionista que quer lançar, no valor de 35 milhões de euros.

Essa garantia é referida no prospeto da operação, enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, no ponto 2.4, "Riscos relativos a processos judiciais, arbitrais e administrativos".

Começando por citar explicitamente o "processo judicial intitulado de 'caso E-Toupeira', que ainda se encontra em curso e em fase de recurso", o Benfica frisa que o Tribunal da Relação de Lisboa "confirmou a decisão de não pronuncia" em relação à SAD encarnada, a mesma que tinha sido "anteriormente decidida pelo tribunal de primeira instância".

"Pese embora o processo se encontre ainda em fase de recurso, (...) não é expectável que tais recursos venham
a ter quaisquer reflexos na decisão tomada relativamente a esta sociedade anónima desportiva", reforçou o Benfica.

As águias evocam também as buscas de que foram alvo na Operação Fora de Jogo, sobre a qual dizem ter colaborado com as autoridades "no esclarecimento da verdade e das questões tidas por pertinentes", e o processo que intentaram contra o FC Porto, no âmbito do caso dos emails, lembrando que a SAD do rival foi condenada "a pagar 523 milhares de euros por danos emergentes e 1,4 milhões por danos não patrimoniais".

"À data deste prospeto, existem processos judiciais intentados contra a Benfica SAD relacionados com a sua gestão corrente e com o regular desenvolvimento do seu objeto social", salientou ainda o clube da Luz, com a "convicção" de que "não existem quaisquer ações de natureza judicial, arbitral ou administrativa que possam vir a ter, ou tenham tido no passado recente, um impacto significativo na situação financeira ou na rentabilidade do grupo".

A única consequência dos processos judiciais e das investigações de que é alvo poderá apenas ocorrer "na reputação e imagem" do Benfica, concluiu a SAD encarnada, neste ponto do prospeto sobre os riscos judiciais.