Portugal
Benfica desafia FPF a ser "mais arrojada" com Governo
2021-05-18 17:00:00
Varandas Fernandes queria público na final da Taça de Portugal

O Benfica não compreende como é que a final da Taça de Portugal, no próximo domingo, não terá público nas bancadas, até porque dias depois, no Estádio do Dragão, a final da Liga dos Campeões tem autorização para ter adeptos na plateia. Varandas Fernandes, vice-presidente encarnado, dá voz ao descontentamento benfiquista em relação a esta decisão do Governo. "Não faz sentido haver público na Champions e no Rali de Portugal e não haver público na final da Taça de Portugal".

Para Varandas Fernandes, "não há problema de ter público na bancada de forma planeada, segura, respeitando as orientações de saúde pública". Por isso, Varandas Fernandes não percebe esta decisão, até porque, lembrou, já nesta temporada, por exemplo, o Estádio da Luz contou com adeptos nas bancadas num jogo que serviu de teste na Liga Europa. E o dirigente refere que tudo correu dentro do previsto sem incidentes no contexto da pandemia.

O vice-presidente encarnado diz ainda que não compreende como é que as autoridades de saúde, num espaço aberto, continuam a não permitir a presença de público.

"Acho que o futebol está a ser discriminado. Nós Benfica temos uma boa relação com a Direção-Geral da Saúde e com os organismos que orientam a defesa desta pandemia e temos cumprido e feito cumprir. É incompreensível. Não vejo a razão pela qual não há público na final da Taça de Portugal", insistiu Varandas Fernandes.

Para o vice-presidente das águias, autorizar a presença de público em Coimbra, no próximo domingo, "era um merecido prémio" para os portugueses pela forma como têm tido o seu comportamento durante a pandemia.

Tal não acontecendo é algo "incompreensível", diz Varandas Fernandes que critica a atuação da Federação Portuguesa de Futebol também. "A Federação Portuguesa de Futebol, através da sua influência e das suas negociações, devia ser mais arrojada do ponto de vista da relação e diálogo com o Governo", aconselhou o dirigente encarnado.

Sobre os argumentos apresentados, recentemente, pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto João Paulo Rebelo, Varandas Fernandes diz não compreendê-los.

"O povo português, os clubes e as empresas têm feito gestão de esforços. Não há ninguém que não tenha gestão de esforços e de risco", declarou Varandas Fernandes, vice-presidente do Benfica, nesta terça-feira, em declarações na TSF.

Também questionado sobre a ausência de público, Jorge Jesus disse entender a decisão das autoridades, embora tenha admitido que gostaria de ter adeptos nas bancadas. “Claro que gostava, como todos nós, que pudesse haver adeptos neste último jogo ou em qualquer jogo daqui para a frente. Se não é possível, em defesa do coletivo que é a nossa sociedade, acho que está certo."