Portugal
Benfica balanço positivo no acesso à fase de grupos
2020-09-13 11:55:00
Águias arrancam caminhada na Liga dos Campeões na próxima terça-feira

O Benfica tem um saldo positivo nas tentativas de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões em futebol, à qual chegou em seis ocasiões, três após afastar dois adversários, para dois falhanços, no início do século.

Os italianos da Lazio, em 2003/04, e os belgas do Anderlecht, na época seguinte, foram as formações que negaram aos ‘encarnados’ um lugar na elite do futebol europeu, em jogos então correspondente à terceira pré-eliminatória.

A formação romana venceu por 3-1 em casa e, depois, num inusitado jogo disputado no Bessa, voltou a triunfar, agora por 1-0, enquanto os belgas ganharam em Bruxelas por 3-0, depois de um desaire por 1-0 na Luz, selado pelo esloveno Zahovic.

Estas duas temporadas aconteceram no período mais ‘negro’ da história europeia do Benfica, que em 1999/2000 foi goleado pelo Celta de Vigo por 7-0, em 2000/01 foi eliminado da Taça UEFA pelo modesto Halmstad e em 2001/02 e 2002/03 nem ‘apareceu’.

Depois dos confrontos com italianos e belgas, o clube da Luz chegou sempre à fase de grupos quando teve de disputar pré-eliminatórias, o que aconteceu em 2006/07, 2007/08, 2011/12 e 2018/19, nas duas últimas necessitando de duas eliminatórias.

Em 2006/07, na terceira pré-eliminatória, os ‘encarnados’ superaram os austríacos do Áustria Viena, com um 1-1 no Prater, onde Nuno Gomes marcou de calcanhar, ‘imitando’ Madjer, e um 3-0 em casa, com tentos de Rui Costa, mais um do ‘21’ e outro de Petit.

Os dinamarqueses do FC Copenhaga foram os adversários na época seguinte, com o Benfica a ganhar em casa por 2-1, com um ‘bis’ de Rui Costa, no que foram os seus últimos golos europeus pelas ‘águias’, e fora por 1-0, selado pelo grego Katsouranis.

Nas duas últimas épocas, e a exemplo do que sucederá em 2020/21, o conjunto da Luz precisou de ultrapassar duas eliminatórias para chegar à fase de grupos, o que conseguiu em 2011/12, sob o comando de Jorge Jesus, ao afastar Trabzonspor e Twente.

O espanhol Nolito brilhou face aos turcos, com um golo em Lisboa (2-0), onde também marcou Gaitán, e outro em Istambul (1-1), e, no ‘play-off’, faturou na Holanda (2-2), tal como o paraguaio Cardozo. O 3-1 na Luz foi conseguido com um raro ‘bis’ do belga Witsel e um tento do brasileiro Luisão.

Em 2018/19, os ‘encarnados’ afastaram primeiro os turcos do Fenerbahçe e, depois, o PAOK, que reencontram dois anos depois, desta vez numa eliminatória em apenas um jogo, em Salónica, e com o português Abel Ferreira ao comando dos gregos.

Face aos turcos, o argentino Cervi selou o 1-0 caseiro e Gedson marcou no jogo fora (1-1) e, perante os gregos, Pizzi faturou na Luz (1-1) e também na casa do PAOK (4-1), onde ainda marcaram o brasileiro Jardel e o argentino Salvio, que ‘bisou’ de penálti.

Antes das eliminações face a Lazio e Anderlecht, o Benfica já tinha chegado à fase de grupos em 1998/99 sem problemas, face ao Beitar Jerusalém: um 6-0 em casa sentenciou, mas não ‘apagou’ uma derrota em Israel por 4-2, na segunda mão.

Em 1991/92, numa edição que não entra nas contas da UEFA como sendo da Liga dos Campeões, o Benfica também chegou à fase de grupos, apenas para oito (dois grupos de quatro), ao afastar sucessivamente o Hamrun e o poderoso Arsenal.

Os malteses foram ‘despachados’ por 10-0, com um ‘póquer’ do internacional russo Yuran no 6-0 caseiro, e, face ao Arsenal, as ‘águias’, de Sven-Goran Eriksson, ‘voaram’ em Highbury, com um triunfo por 3-1, após prolongamento, selado com um ‘bis’ do brasileiro Isaías e um tento do russo Kulkov, após 1-1 na Luz.

Para conseguir uma 11.ª presença consecutiva na fase de grupos, reforçando o recorde luso, o Benfica precisa de superar o PAOK, em Salónica, na terça-feira, e, depois, de afastar o Krasnodrar, em 22 de setembro, na Rússia, e 29 ou 30, na Luz.