Portugal
Arbitragem tem de ser "independente e autónoma", diz Marco Ferreira
2020-05-12 16:10:00
Ex-árbitro defende mudanças profundas no sector e analisa eleições no CA da FPF

O antigo árbitro Marco Ferreira participou numa sessão de perguntas e respostas organizada pelo jornal Record e comentou as eleições para o Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

José Fontelas Gomes vai recandidatar-se ao cargo nas listas do presidente Fernando Gomes, com José Leirós a anunciar a sua intenção de avançar com uma candidatura.

De acordo com Marco Ferreira, o futebol e a arbitragem necessitam de mudanças profundas, salientando que as mesmas não dependem de quem lidera o organismo.

“É necessária uma mudança profunda no futebol e na arbitragem e isso não depende do CA nem de um novo presidente. Ser candidato ao ‘mesmo’ não é mudar o que realmente importa, é simplesmente ‘mandar’ com o poder que os clubes permitem”, afirmou Marco Ferreira.

Ao mesmo tempo, o ex-árbitro considera que a arbitragem tem de sair do controlo da FPF e da Liga.

“A arbitragem tem de sair da FPF e da LPFP, tem de ser independente e autónoma. Quando assim for, existirá uma mudança efetiva”, comentou.

Em relação à posição dos árbitros sobre a retoma da I Liga, marcada para finais de maio, Marco Ferreira pensa que a posição do sector é “neutra”, ao contrário de vários clubes do principal escalão do futebol português.

“A posição dos Árbitros é neutra. As posições dos clubes em relação ao reinicio do campeonato é baseado na classificação atual de cada um e não pensando na saúde e bem-estar. Os árbitros estão alheios a essa disputa e cumprirão o que será decidido”, concluiu.