Portugal
"Apetece-me dar cabo disto tudo. Pinto da Costa tem de ir para a frente"
2021-02-08 11:40:00
"Todos devem fazer o que o Sporting fez. É a bagunça, vamos para a frente"

Rodolfo Reis, ex-capitão do FC Porto, é mais uma voz crítica que se levanta contra as arbitragens e desafia mesmo Pinto da Costa a "sair da toca" e a "ir para a frente" para mudar o estado atual das coisas no setor da arbitragem.

"Apetece-me dar cabo disto tudo, mesmo, apetece-me dar cabo disto tudo. Vou contar até 10. Vou contra tudo e contra todos. Se me contrariarem vou com tudo e não tenho problema nenhum", desabafou Rodolfo Reis, visivelmente indignado com as arbitragens nos jogos do FC Porto.

O ex-capitão azul e branco não percebe como é que tanto Fábio Veríssimo, na quinta-feira, no Jamor, frente à Belenenses SAD, como Soares Dias, no domingo, em Braga, apitaram como apitaram, acabando por "prejudicar" o FC Porto.

Em relação ao jogo mais recente, o de Braga, Rodolfo Reis lamenta a expulsão de Corona por duplo amarelo que deixou o FC Porto a jogar reduzido nos últimos minutos.

"Há dois jogadores que deslizam e batem um no outro. Porquê o vermelho [levou amarelo, que foi o segundo no caso] ao Corona? O vermelho dá-se numa situação grave. É o segundo amarelo [a Corona] mas ele sabe que ao dar o segundo amarelo dá o vermelho. Ele não é maluco o Soares Dias. Ele é um grande palerma e devia ser preso, preso. O Artur Soares Dias e muitos árbitros deveriam ser presos. Ele decidiu quase o título neste jogo ao dar o segundo amarelo ao Corona", afirmou Rodolfo Reis, em declarações na CMTV.

Rodolfo Reis diz mesmo que se estivesse em campo teria de ter enorme controlo para não se atirar ao árbitro. "Se eu fosse jogador de futebol, eu agarrava-lhe no papo. Tinha de contar até 100 para não lhe agarrar no papo e dizer-lhe que era um bandido."

O ex-capitão dos portistas diz que não alinha nem deixa de alinhar com a narrativa da comunicação azul e branca em relação a Corona e à "caça" de que se têm queixado mas salienta que deixa a sua opinião a esse respeito.

"Não quero saber da comunicação do FC Porto. O que está a acontecer ao Corona merece estudo. Quem diz ao Corona diz outros jogadores de grande técnica. Nem sei como é que o Corona não está no hospital", referiu Rodolfo, dizendo que a expulsão do mexicano acabou por limitar a equipa do FC Porto, em Braga.

"Obrigou o FC Porto a recuar com 10. Esta equipa do FC Porto não é uma equipa preparada para em situações adversas dar o cheiro de bola. É equipa de futebol direto. O árbitro foi, para mim, o grande causador do FC Porto perder dois pontos. Quando a mim, quase que decidiu o campeonato", acusou Rodolfo Reis.

A indignação em relação às arbitragens é tanta que Rodolfo Reis diz que até o Benfica se pode queixar das arbitragens, concordando que Pizzi foi travado por André André, do Vitória de Guimarães.

"A intensidade é para os árbitros roubarem", disse Rodolfo Reis, em referência ao lance de Pizzi contra o Vitória de Guimarães que o Benfica se queixa.

"É penálti. Ele põe a mão nas costas. Um jogador que empurra, nem que seja ao de leve, é penálti. Mas depois andam com a intensidade. A intensidade é para uns, não é para outros. É como dá mais jeito".

As críticas às arbitragens têm sido várias e, por isso, Rodolfo Reis desafia Pinto da Costa a sair a público para falar do tema. "O FC Porto e Pinto da Costa têm de tomar uma posição radical, radical, em relação às arbitragens. Se tivermos de voltar ao tempo de Pedroto em que nos penhoravam as casas de banho, temos que fazer isto. O FC Porto está a ser altamente prejudicado nas arbitragens e isso não pode acontecer".

Rodolfo Reis entende ainda que o FC Porto deverá, à imagem do Sporting, avançar com um pedido de despenalização de Corona nos tribunais.

"Todos os clubes devem pedir a despenalização dos jogadores e fazer o que o Sporting fez. É a bagunça, vamos para a frente", disse Rodolfo, lembrando o pedido feito pelos leões nos tribunais que suspendeu a suspensão de Palhinha que tinha sido impedido de defrontar o Benfica mas acabou por ver essa decisão da justiça desportiva ser suspensa e foi a jogo.