Portugal
Antero Henrique indicou investidor para salvar o Aves mas "não quiseram"
2020-08-04 11:30:00
Presidente do clube revela ainda que a Taça de Portugal já apareceu

O Desportivo das Aves atravessa um período complicado na sua história e nas últimas semanas foi a coragem de António Freitas, presidente do clube, que evitou males maiores para o emblema nortenho.

Agora, o clube corre sérios riscos de acabar nos campeonatos inferiores do futebol português e, embora lamente a situação, António Freitas diz estar agora de 'pés e mãos atadas'.

"O problema é só da SAD. Eu não posso fazer nada, absolutamente nada", referiu António Freitas, em entrevista na TSF.

Entre episódios mais ou menos caricatos, do estádio do Aves acabou por desaparecer nas últimas semanas o troféu referente à conquista da Taça de Portugal, em 2018, no Jamor, frente ao Sporting.

Porém, a taça já apareceu, garante António Freitas.

"A Taça de Portugal está em casa da senhora Estrela Costa. Deve beber champanhe nela, às tantas".

António Freitas critica a forma como foi constituída a SAD e realça que "ganhar desportivamente encobre muita coisa, até a má gestão".

"Andavam todos empolgados mas já se sabia que haviam problemas gravíssimos."

António Freitas revela que, nos últimos tempos, chegou a entregar o contacto de um investidor indicado por Antero Henrique que queria ajudar o Aves. Mas a direção da SAD não terá dado seguimento à indicação.

"Dei esse contacto ao presidente e disse que não me metia em nada mas entregava o contacto. Não sei o porquê mas nem ligaram à pessoa para dizer que não queriam ou que tinham um problema adiantado. Isso também me criou confusão."

Em declarações no programa Visão de Jogo da TSF, António Freitas garantiu que Antero Henrique não era o investidor mas quis ajudar.

"Alguém falou no Porto que gostavam de ter assim um clube. E ele falou que havia um clube muito arranjadinho, que tem umas instalações dignas. Viu que até os jogos foram realizados e pronto, a partir daí, vindo de quem vem, era gente do futebol. Não quiseram."

O Desportivo das Aves terá de recorrer para evitar o impedimento de se inscrever nas competições profissionais, numa decisão ditada pela Comissão de Auditoria da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).