O sorteio da Liga dos Campeões colocou o Marselha, de André Villas-Boas, no caminho do FC Porto e o treinador não escondeu que será especial voltar a casa.

“Uma mistura de felicidade e tristeza. Estou de volta à minha cidade e ao meu clube favorito e será difícil para mim pessoalmente”, assumiu o técnico, que orientou os dragões em 2010/11.

Manuel José, histórico treinador português, entende que o técnico do conjunto gaulês usou de palavras de circunstância para os portistas, até porque acredita que Villas-Boas quer deixar os azuis e brancos pelo caminho nos desafios da Champions.

"O treinador vem com aquela coisa dos problemas emocionais mas é tudo conversa. O que ele quer é seguir em frente e deixar o FC Porto para trás", comentou Manuel José.

Em declarações no programa Grande Área, da RTP 3, o treinador português lembrou ainda que este Marselha, onde a grande estrela é Dimitri Payet (que lesionou Ronaldo na final do Euro2016 em Paris) "deixa algumas dúvidas" mas acredita que "presente envenenado não é" para o FC Porto.

O técnico justifica esta ideia dado que é possível reconhecer as características de jogo de Villas-Boas e por isso Sérgio Conceição poderá montar uma estratégia capaz de travar o clube do Vélodrome.

Manuel José salientou ainda que tanto para Manchester City como para Olympiacos e Marselha o FC Porto será um opositor "duro" de ultrapassar.

"O FC Porto vai ser difícil para qualquer uma das equipas", vaticinou Manuel José, acreditando que a turma de Sérgio Conceição pode sonhar com a passagem para os oitavos de final.

"Acho que o FC Porto se continuar com este percurso e continuar com esta filosofia competitiva que é tremenda pode lutar pela presença nos oitavos de final."

Manuel José referiu ainda no canal de notícias da televisão pública que os dragões vão lutar "pelo segundo lugar com o Marselha", arredando desta luta o Olympiacos dado o contexto pandémico que retira público dos estádios.

"O Olympiacos a jogar em casa sem público não é a mesma coisa que com público", sustentou Manuel José, realçando ainda que o Manchester City de Pep Guardiola tem sido nesta temporada "irregular".

"Não é um grupo fortíssimo", concluiu Manuel José.