Portugal
André Castro é o novo presidente da SAD do Leixões
2020-08-29 11:00:00
"Chegou a hora de passar o testemunho", explica Paulo Lopo

A SAD do Leixões, clube da II Liga, tem novo presidente, com Paulo Lopo, o principal acionista, a ceder o cargo a André Castro, conforme anunciou hoje o emblema de Matosinhos.

Em maio, André Castro já havia sido promovido de diretor desportivo a administrador da sociedade que gere o futebol profissional do clube.

"Entendo que chegou a hora de passar o testemunho, porque fechámos um ciclo. Estes primeiros tempos foram muito difíceis, mas conseguimos reerguer o Leixões em apenas três anos, o que muitos consideravam impossível. O clube estava à beira da falência, desacreditado, carregado de dívidas e é hoje um exemplo em termos financeiros e de gestão desportiva", explicou Paulo Lopo, que foi agora nomeado Presidente da Mesa de Assembleia Geral da SAD, mantendo-se também como principal acionista da Leixões SAD.

Sob a liderança de Paulo Lopo, o clube de Matosinhos reequilibrou as contas (reduziu o passivo de nove para 2,5 milhões de euros), recuperou património, apostou na formação e atingiu uma valorização recorde dos ativos, tornando-se num dos clubes que mais vendas fez em Portugal nos últimos anos, segundo comunicado enviado à agência Lusa.

A SAD deve apresentar pelo quarto ano consecutivo resultados positivos, neste último exercício a rondar os 500 mil euros.

André Castro, novo presidente da SAD, afirma que "liderar o Leixões depois do trabalho feito por Paulo Lopo é uma grande responsabilidade".

"Agradeço a confiança do Paulo por me ter convidado para este projeto. Temos aqui um grande projeto, as bases estão lançadas e queremos agora subir para o patamar seguinte", perspetivou.

Paulo Lopo revela ainda que a sua saída também tem outros propósitos.

"Quero contribuir para o desenvolvimento do futebol profissional em Portugal, em todas as suas vertentes, e preciso de mais disponibilidade de tempo. Tenho-o feito no Leixões e através da Liga, órgão em que tenho feito parte da direção, e estou certo que, com a minha experiência e visão do que deve ser o futebol português, poderemos criar uma indústria mais forte, com mais receitas, mais patrocínios, e sem os vícios do passado recente", concluiu.