Portugal
"Amorim e Hugo Viana estavam descontrolados". Caldas e a confusão no camarote
2021-04-26 14:35:00
Comentador da televisão do SC Braga relata incidentes verificados durante jogo

António Caldas, antigo treinador do SC Braga e atual comentador da televisão oficial bracarense [a Next], relata de viva voz, e na sua versão, aquilo que assistiu nos camarotes do Estádio Municipal de Braga durante a emissão televisiva, com momentos de tensão, em relação ao comportamento quer de Rúben Amorim quer de Hugo Viana, diretor do Sporting, curiosamente dois ex-jogadores do SC Braga. Trata-se de uma versão do lado bracarense que é contrariada pelos leões, que negam qualquer confusão no exterior das quatro linhas no decorrer da partida que o Sporting venceu por 1-0 valendo um golo de Matheus Nunes.

"Conheço o Hugo Viana, mas eu ontem não conheci o Hugo Viana. Estava completamente transtornado, perdido, fora de si", relata António Caldas, dizendo que não vive o futebol desta forma. "É pena, mas também percebo o momento do jogo. O Viana conhece-me, o Rúben Amorim conhece-me perfeitamente, mas estavam descontrolados", confirmou António Caldas, em declarações ao jornal Novo.

O ex-técnico bracarense deixa a sua versão do que terá ocorrido, num episódio que poderá merecer uma análise por parte do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, que poderá abrir um inquérito para perceber o que realmente se terá passado.

Caldas explica aquilo que aconteceu em relação a Hugo Viana. "Quando o Hugo Viana veio ter comigo e invadiu o camarote da Next, perguntei o que é que se passava com ele, o que é o que ele tinha, se estava bem. Vi-o completamente transtornado. Eu nem sabia que do outro lado estava o Hugo."

O antigo treinador dos minhotos diz que Hugo Viana, naquela altura, "era uma pessoa violenta, ameaçadora a dizer que vinha ter comigo". "Simplesmente porque num momento do jogo em que o árbitro demorou a marcar uma falta e foi preciso o banco do SC Braga dar um grito para dentro e eu disse: 'Para marcar falta, só à base do grito'".

O ex-técnico dos bracarenses referiu ainda que foi alvo de um ataque também por parte de Rúben Amorim. "Do outro lado ouvi o Amorim a dizer: 'Cala a boca, cala a boca'. E outra pessoa, que eu não sabia quem era, ameaçadora, louca, a simular que vinha ter comigo e a tentar saltar os camarotes", relatou António Caldas.

Em relação ao que ocorreu, na versão de Caldas, o comentador da Next refere que os leões "tiveram um mau comportamento". "Inclusivamente, no momento do golo, com pontapés nas cadeiras, na vedação entre os camarotes, virados para o nosso lado e, penso eu, para mim. Era um descarregar de toda uma pressão que estavam a sentir, penso eu", refere António Caldas.

Já quanto a este episódio, recorde-se, Rúben Amorim explicou a presença de um polícia no camarote, num momento que gerou curiosidade. "Foi a máscara. Tenho de estar a máscara e ele foi-me dizer que tinha de usar a máscara. Eu esqueci-me."

O treinador do Sporting disse que durante o jogo parecia um adepto. "Estava a ver o jogo e depois pareço um adepto ali. Ele foi-me pedir para meter a máscara. Podem confirmar junto da polícia. Foi isso. Foi realmente isso e deviam confirmar para verem que estou a dizer a verdade", esclareceu o treinador do Sporting.