Portugal
"Ai, Sporting. Sacrificar tudo ou vender a alma ao diabo", diz Alexandre Godinho
2021-02-25 16:45:00
"Existem tantos sportinguistas que se deixam enganar", salienta ex-vice do Sporting

Alexandre Godinho, antigo vice-presidente do Sporting, mostra-se satisfeito com a liderança verde e branca no campeonato, que poderá quebrar um jejum de títulos que dura há quase 20 anos.

No entanto, ao mesmo tempo, Alexandre Godinho, que tem sido um dos rostos críticos da gestão de Frederico Varandas e um dos fortes apoiantes de Bruno de Carvalho, a quem manteve sempre lealdade, teme que o primeiro lugar do leão possa representar algumas 'perdas' para o clube de Alvalade.

Godinho fala do "golpe 2018 'por dentro'" e por isso "além de não entender como é que ainda existem tantos sportinguistas que se deixam enganar" também tem dificuldade "em aceitar que esse mesmo primeiro lugar justifique sacrificar tudo o resto ou mesmo vender a alma ao diabo", assinalou Alexandre Godinho, em mensagem deixada nas redes sociais.

"Ai, Sporting, Sporting... A história vai repetir-se não vai?", interrogou também o antigo vice-presidente do Sporting, não escondendo que há uma parte em si que é "ingénua" e que pretende "festejar o tão almejado título de futebol".

O Sporting tem nesta altura mais 10 pontos de vantagem do que o FC Porto, segundo classificado, e ambas as formações medem forças, no sábado, no Estádio do Dragão, em partida do campeonato.

No Porto, os dragões têm mantido uma supremacia clara no histórico dos confrontos com o Sporting para a I Liga. De resto, desde 2009/10, os ‘leões’ apenas lograram não perder em 2015/16, época em que, sob o comando de Jorge Jesus, e administração de Bruno de Carvalho, da qual fazia parte Alexandre Godinho, se impuseram por 3-1, numa altura em que disputavam o título nacional ‘taco a taco’ com o Benfica.

Nessa altura, a 30 de abril de 2016, à 32.ª e antepenúltima jornada, os leões ganharam com dois golos do argelino Islam Slimani, aos 23 e 44 minutos, e um tento do brasileiro Bruno César, aos 85, contra um penálti do mexicano Herrera, aos 35, para o FC Porto.