Portugal
AG do Benfica poderá ocorrer em finais de agosto, diz Pires de Andrade
2021-08-01 20:15:00
“Acredito que a Direção-Geral de Saúde não nos vai pôr qualquer obstáculo”

O presidente da mesa da Assembleia-Geral (AG) do Benfica, António Pires de Andrade, manifestou-se confiante de que a AG prevista inicialmente para o mês de julho poderá ser realizada no final de agosto.

“O mês de agosto, em termos das condições de saúde, está bastante melhorado. Acredito que a Direção-Geral de Saúde não nos vai pôr qualquer obstáculo à realização da Assembleia-Geral extraordinária”, explicou o dirigente, em declarações à BTV.

De acordo com o presidente da mesa, o Benfica está “em condições de marcar” a AG, mas só para a parte final de agosto, uma vez que a equipa disputa a terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões no início do mês e tem ainda o arranque do campeonato.

“Penso que durante os finais de agosto e princípios de setembro, se for possível durante o mês de agosto ainda, não temos qualquer problema em marcar a Assembleia-Geral extraordinária com os pontos que os sócios quiseram”, insistiu.

António Pires de Andrade lembrou que “um dos pontos na ordem de trabalhos era a contagem dos votos físicos” para realçar que “eles estão contados”, como tinha anunciado o Benfica, em comunicado.

“Estão depositados em urnas novamente seladas, por grupos de lista votada e por tipo de votação. Se for necessário tirar alguma teima estamos à vontade para clarificar. Fiquei contente porque 17 urnas não tinham qualquer diferenciação entre voto físico eletrónico e físico. Os quatro temas que o grupo de sócios pediu para constituir a AG extraordinária serão os pontos que irão a votação”, reforçou.

Sobre as queixas dos associados sobre o regulamento eleitoral, Pires de Andrade adiantou que a mesa da AG “também irá apresentar um regulamento”, de forma a que o mesmo esteja em vigor já no próximo ato eleitoral.

“Está planeado que ele se faça até ao final do ano debaixo de um regulamento que a todos satisfaça e não ponha em causa a legalidade do ato eleitoral. Essa legalidade é a máxima que quero imprimir. Não passaria pela cabeça ir para um ato eleitoral desta dimensão, antecipado, sem ter regulamento que seja do conhecimento de todos os sócios e tenha a colaboração de todos eles”, sustentou.

Referindo-se ao “projeto” de regulamento eleitoral apresentado pelo movimento Servir o Benfica, o presidente da mesa da AG afirmou que tem “aspetos muito importantes e interessantes”.

“O regulamento eleitoral deve estar acima de qualquer parecer ou qualquer lista. Este é importantíssimo. Estou aberto a falar com esse grupo de adeptos sempre que for necessário”, garantiu.

Quanto à recontagem dos votos físicos, Pires de Andrade associou a discrepância “na ordem dos 0,36 por cento” com a hipótese de alguns sócios terem “ficado com o voto físico no bolso para recordação”.

“Vi alguns casos de sócios que tiraram fotografias ao voto e a mandá-lo por email ou Whatsapp para dizer que votaram e depois meteram-no no bolso. Nas urnas encontrámos situações que não foram de anormalidade. Numa estava uma esferográfica que retive para mim e tenho como memória desta contagem. Houve quatro cartões de casas do Benfica, que têm um cartão especial, que votaram e que, em vez de o devolver, meteram-no na urna. São situações perfeitamente normais e que não contribuíram em nada para denegrir o voto físico”, concluiu.