Portugal
"Afinal, onde estava Pinto da Costa?"
2022-11-10 13:45:00
"Como é que o presidente do FC Porto tem o descaramento de dizer que não viu nada?", questiona ex-dirigente do Sporting

O Tribunal de Guimarães condeunou o empresário Pedro Pinho a dois anos de prisão com pena suspensa, por ter dado como provado que o agente agrediu um repórter de imagem da TVI, no final de um encontro entre Moreirense e FC Porto, em 2021, numa situação que fez correr muita tinta.

Pinto da Costa, que estava próximo do local, foi a Tribunal na condições de testemunha, mas assegurou que não viu os factos relatados pela acusação, que a defesa tentou contrariar com os seus argumentos. Mas o juiz entendeu dar razão ao repórter de imagem da TVI e condenou Pedro Pinho.

O Sporting não demorou muito a reagir à decisão da justiça. "A Sporting SAD considera que este é mais um passo essencial no sentido de eliminar a coação e a violência do Desporto em Portugal, seja sobre a Imprensa, adeptos ou agentes desportivos", mencionaram os leões.

No comunicado divulgado, o Sporting referiu ainda que "mais passos serão necessários para percorrer este caminho, até porque neste tipo de manifestações" há coisas que, diz o Sportingm, interessa saber "não só quem executou, mas também quem mandou executar".

A propósito deste caso, Paulo Andrade, antigo dirigente do Sporting, refere que "afinal, houve mesmo agressão porque o Tribunal deu como provado que houve mesmo agressão".

Mas sobram dúvidas para o antigo membro dos corpos diretivos do clube de Alvalade. "Onde estaria o senhor Pinto da Costa? São estas coisas que me fazem confusão", admitiu Paulo Andrade.

Em declarações na CMTV, o antigo dirigente do Sporting formulou ainda uma questão. "Como é que o presidente do FC Porto tem o descaramento de dizer que não viu nada?", perguntou Paulo Andrade sobre um caso ocorrido a 29 de abril de 2021, em Moreira de Cónegos.

Na altura, um repórter de imagem da TVI queixou-se de ter sido agredido por Pedro Pinho, empresário de futebol, que negou essas acusações.

Em Tribunal, foram ouvidas testemunhas, entre as quais Pinto da Costa, que negou ter assistido aos factos que eram relatados pela acusação e negados pela defesa.

Na sequência de críticas que foram feitas por rivais portistas à versão de Pinto da Costa, Francisco J. Marques, porta-voz dos azuis e brancos, deu conta de que não foi apenas Pinto da Costa que disse em Tribunal que não viu a dita agressão.

O dirigente portista referiu que o capitão da GNR presente no local a comandar as forças da ordem "teve a mesma versão" do presidente dos azuis e brancos.