Se dentro das quatro linhas os sportinguistas estão encantados com a época que a equipa de Rúben Amorim tem vindo a protagonizar, liderando o campeonato nesta altura, fora dos relvados os associados do leão dividem opiniões e pensamentos relativamente à introdução do voto eletrónico à distância, tema que a Direção colocou na atualidade verde e branca, na recente Assembleia Geral, em que os sócios chumbaram a proposta para que o voto eletrónico à distância fosse para diante.
Jaime Marta Soares, antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral dos leões, teme que o sistema possa ser alvo de irregularidades se for validado pelos sócios do Sporting. "O voto ser através de telemóvel ou computador quem nos garante que não há adulteração por parte de hackers?", questionou o ex-dirigente.
"A pirataria está ao alcance de pessoas mal intencionadas", avisou Jaime Marta Soares, realçando que tem os sportinguistas por pessoas que são "boa gente" mas "ninguém pode garantir".
"Acredito que no Sporting seja tudo boa gente, mas ninguém pode garantir", salientou ainda Jaime Marta Soares, sublinhando que "não há garantia absoluta de que seja ato credível, transparente e honesto".
Além de Jaime Marta Soares, que falava ao jornal A Bola, também Dias Ferreira, outro ex-presidente da Mesa da Assembleia Geral verde e branca, tomou uma posição a respeito deste objetivo da Direção liderada por Frederico Varandas.
"Não sou contra a introdução do sistema nas Assembleias Gerais eleitorais, sou é contra em Assembleias Gerais comuns porque defendo as discussões em assembleias", justificou Dias Ferreira.
O advogado pediu que a Direção fosse mais longe nas explicações e espera que o universo verde e branco possa refletir sobre este assunto.
Proposta chumbada em Assembleia
Na Assembleia Geral, recorde-se, a introdução do voto eletrónico à distância foi colocada para uma apreciação e votação a pedido do Conselho Diretivo verde e branco.
Contudo, esta proposta foi chumbada, visto que não colheu a maioria dos votos necessários na circunstância necessária para que fosse dado andamento a este objetivo da Direção de Frederico Varandas.
Este ponto na Assembleia Geral do Sporting obteve 71,71 por cento de votos a favor contra 29,54 por cento. Porém, na lógica de funcionamento da vida do Sporting era necessário que este ponto tivesse uma maioria qualificada de três quartos, pelo menos, para ter 'luz verde'.
Ou seja, eram necessários 75 por cento dos votos favoráveis, o que não aconteceu, isto em relação aos sócios que marcaram presença na Assembleia e votaram.