O Benfica tenta revalidar o título de campeão nacional. mas a entrada no campeonato não decorreu como previsto e a derrota no Estádio do Bessa tem tido consequências, desde logo, com a saída de Odysseas Vlachodimos da baliza para dar lugar a Samuel Soares, mas também com Fredrik Aursnes a ocupar o lado esquerdo da defesa na ausência de David Jurásek, ainda que Ristic fosse o substituto natural do checo.
David Neres ajudou a desbloquear o encontro contra o Estrela da Amadora, na Luz, e várias são as opções que Roger Schmidt tem para a frente. Por isso, levantam-se dúvidas na forma como o técnico alemão conseguirá fazer a gestão de uma equipa que conta com Di María, David Neres, Rafa Silva, João Mário, Tiago Gouveia e Andreas Schjelderup nas laterais.
Augusto Inácio, treinador de futebol, diz que agora é que se começa a ter a perceção em Portugal das dificuldades que outros treinadores têm sentido por essa Europa fora para gerir clubes de topo.
"Agora a gente começa a perceber o quanto é difícil treinar um Real Madrid, um Manchester City, um Paris Saint-Germain com aquelas feras todas a ganhar milhões e a terem de ficar no banco e alguns a não serem convocados sequer", comentou Augusto Inácio.
Em declarações no canal A Bola TV, o técnico referiu que "o Benfica tem alguns bons jogadores, 17 ou 18 e está a dar estes problemas todos".
"Se fosse português, já estava derretido na praça pública há muito tempo"
Numa altura em que Roger Schmidt tem sido criticado por ter falado publicamente daquilo que não gostou em Odysseas Vlachodimos no jogo do Bessa contra o Boavista, Augusto Inácio confia que, se Schmidt fosse português, estaria "derretido" pela crítica na praça pública.
"Se fosse um português a fazer o que foi feito e dito, já estava derretido na praça pública há muito tempo", admitiu Augusto Inácio, acreditando que Roger Schmidt não revela ter "pulso" para dominar o balneário encarnado.
"Parece-me que falta algum pulso a este treinador do Benfica para aguentar aquele balneário", vincou Augusto Inácio, avisando que a estrutura encarnada terá de fazer alguma coisa e colocar "um travão nisto e as coisas entram num caminho em que os jogadores olham para o treinador e estão a ver o homem".
"Quando não começa a ser assim as coisas tendem a complicar-se à medida que o tempo vai avançando", avisou Augusto Inácio, treinador de futebol.