Motores
Miguel Cristóvão sagra-se campeão das Ultimate Cup Series
2020-12-07 12:25:00
Piloto português termina em segundo a corrida realizada em Paul Ricard, a derradeira da temporada 

Miguel Cristóvão sagrou-se ontem campeão das Ultimate Cup Series, ao terminar em segundo a corrida realizada em Paul Ricard, a derradeira da temporada. 

Depois de uma qualificação marcada por problemas elétricos, o português, na companhia de Julian Wagg e Julien Falchero (que substituiu este fim-de-semana Alessandro Ghiretti), arrancava do nono posto da grelha de partida, o que não estava de acordo com as suas aspirações, que passava por selar o título deste ano com mais um pódio. 

A posição na grelha de partida, porém, não atemorizou Miguel Cristóvão que rapidamente começou a recuperar posições, terminando a primeira volta no quinto posto. A sua recuperação não se ficou por aqui, tendo continuado a ganhar lugares com um ritmo rápido e consistente. 

Com uma boa estratégia de corrida para as quatro horas de prova, o português realizou um longo turno de condução de mais de uma hora e meia, o que lhe permitiu entregar o Ligier JS P3 número oitenta e oito da Team Virage a Julien Wagg no segundo posto. 

O piloto suíço continuou a rodar num ritmo forte, o que permitiu que, depois, Julien Falchero pudesse atacar o líder nos momentos finais da prova. No final das quatro horas de prova, o Ligier número oitenta e oito via a bandeira de xadrez no segundo posto a apenas três segundos dos vencedores, depois de ter chegado a estar a mais de trinta. 

A excelente prestação do trio onde pontifica Miguel Cristóvão acabou por selar o Campeonato de Pilotos deste ano das Ultimate Cup Series, o que permite ao português sagrar-se Campeão em dois anos consecutivos, ainda que em competições distintas (em 2019 foi Campeão das GT4 South European Series). 

“Foi uma corrida dura! Arrancámos muito de trás, mas com um bom ritmo e consistência, consegui ir recuperando com algum cuidado nas ultrapassagens, dado que o mais importante era o campeonato e não queríamos arriscar. Subimos até segundo e, depois, os meus colegas de equipa estiveram também muito bem e foi por muito pouco que não conseguíamos a vitória. Mas o mais importante estava garantido, o título”, afirmou com satisfação Miguel Cristóvão. 

Este foi um desfecho para o qual o piloto português trabalhou desde o início da temporada num ano que, como todos sabemos, apresentou desafios inesperados.  

“Foi uma época muito exigente! Todos nós na equipa tivemos de ter muitos cuidados para evitarmos ser infetados com o novo coronavírus e, para além disso, tive de preparar-me muito bem fisicamente, uma vez que estes carros, os LMP3, são muito exigentes. Mostrámos desde a primeira prova muita competitividade frente a pilotos muito fortes e este resultado é o reconhecimento de todo o trabalho desenvolvido. Foi um ano fantástico para o automobilismo português e é um orgulho muito grande poder ter contribuído. Agora é tempo de celebrar aquele que é o título mais importante da minha carreira”, Concluiu Miguel Cristóvão.