O português Pedro Pablo Pichardo conquistou hoje o ouro no triplo salto dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, somando uma inédita quarta medalha de Portugal numa edição, depois do bronze de Jorge Fonseca e Fernando Pimenta e da prata de Patrícia Mamona.
Com um primeiro salto de 17,61 metros, Pedro Pichardo, de 28 anos, reforçou o favoritismo, elevando a fasquia para um nível inacessível a alguns finalistas. Repetiu a marca no segundo salto e manteve-se na liderança provisória.
Ao terceiro ensaio, o atleta luso conseguiu a melhor marca mundial do ano, 17,98 metros, quebrou o recorde de Portugal e retirou as poucas dúvidas que subsistiam quanto à conquista do ouro.
Na segunda metade da competição de triplo salto, e depois de um salto nulo, Pichardo tentou superar a barreira dos 18 metros, até porque a medalha de ouro – a primeira de Portugal nos Jogos Olímpicos Tóquio2020 – era já um dado adquirido.
Não atingiu essa meta, mas garantiu o mais importante e subirá ao mais alto lugar do pódio, com 'A Portuguesa’ a ouvir-se no Japão.
Com esta medalha de ouro, Pedro Pichardo tornou-se no quinto campeão olímpico português, depois de Carlos Lopes (maratona de LosAngeles1984), Rosa Mota (maratona de Seul1988), Fernanda Ribeiro (10 mil metros de Atlanta1996) e Nelson Évora (triplo salto de Pequim2008).
O saltador, recorde-se, partia como favorito, depois de um registo notável nas meias-finais, de 17,71 metros, à segunda tentativa, naquela que foi a melhor marca de sempre numa qualificação em Jogos Olímpicos.
Na final, o português não contou com a companhia de nenhum compatriota, já que Nélson Évora, de 37 anos, e Tiago Pereira, de 27, ficaram pela qualificação, com melhores marcas de 15,39 e 16,71 metros, respetivamente.