A União Ciclista Internacional (UCI) retirou a licença desportiva à W52-FC Porto, na sequência da operação 'Prova Limpa', que investiga alegadas práticas irregulares da formação de ciclismo.
Com esta decisão, que tem efeitos imediatos, a equipa fica impedida de participar na Volta a Portugal. O responsável pela W52-FC Porto, Adriano Quintanilha, diz-se surpreendido.
“Nem sei bem o que se está a passar. Sei que recebi uma chamada para me vir embora. Até ontem, tinha indicações para andar o mais rapidamente possível nas contratações para fazer a inscrição dos ciclistas. E foi o que fiz. Tenho estado todos os dias a ir a Espanha. Já tinha as contratações todas feitas.”, afirmou, em declarações à Rádio Renascença.
A formação portuguesa tem oito atletas suspensos, também em consequência da operação desencadeada a 24 de abril, envolvendo a Polícia Judiciária e a ADoP. E por isso Adriano Quintanilha encontrava-se a contratar ciclistas, para apresentar uma equipa na Volta a Portugal.
“Até ontem tinham dito que a equipa não tinha nada e isto é uma surpresa”, apontou ainda Quintanilha, àquela rádio.
Esta é a primeira reação do responsável pela W52-FC Porto, depois da nota emitida pela Federação de Ciclismo, nesta quarta-feira.
"A Federação Portuguesa de Ciclismo confirma que foi hoje notificada pela União Ciclista Internacional (UCI) de que esta entidade decidiu retirar a licença desportiva à equipa continental W52-FC Porto, na sequência da informação recebida pela UCI sobre o processo que decorre na Autoridade Antidopagem de Portugal. A decisão entra imediatamente em vigor, pelo que a equipa está impedida de voltar a competir", pode ler-se, no site do órgão federativo.