Ana Oliveira, diretora do Benfica para a área do atletismo, sustenta que o emblema encarnado apenas se compromete com responsabilidades com as quais sabe que pode cumprir.

Na sequência da ausência das águias nas finais do campeonato nacional feminino de clubes de atletismo em pista coberta, Ana Oliveira sublinha que o Benfica quer um "projeto competitivo a nível nacional e europeu" e deixa uma espécie de mensagem de alerta e reflexão.

"O nosso trabalho assenta na construção, desenvolvimento e potencialização dos atletas. Não é comprar equipas e prometer coisas que não podemos pagar, pois aí damos um passo mais largo do que a perna", explicou a dirigente encarnada, em declarações à agência 'Lusa'.

A diretora do Benfica lembra ainda que "o atletismo feminino é muito curto, pois está tudo no Benfica ou no Sporting". E assim sendo, Ana Oliveira considera que "a modalidade não pode sobreviver de contratações constantes entre os dois clubes".

"Tirando estes atletas, olhamos à volta e vemos que ainda há muito trabalho para fazer", sustentou.

As declarações de Ana Oliveira aparecem depois das críticas de Carlos Silva, diretor técnico do atletismo do Sporting que, citado pelo 'Record', criticou a ausência do Benfica destas finais. 

"É uma estratégia que o Benfica usa para querer denegrir a vitória dos outros: como normalmente sabem que perdem, saem de campo e isso não é desporto", referiu o dirigente sportinguista.

As fases finais dos Nacionais em pista coberta, tida como a mais importante prova coletiva do atletismo português, acolheram 32 equipas de 22 clubes em Braga.