João Almeida, ciclista português que comanda a Volta a Itália, nesta altura, admite que não irá conseguir segurar a camisola da liderança até ao final da prova, embora isso fosse algo que o deixaria encantado.

"Não acredito que vá ganhar o Giro. É demasiado cedo para pensar nisso, vamos ver. Mas não acredito, pois nunca fiz provas de três semanas", analisou João Almeida, em declarações em conferência de imprensa neste dia de descanso da prova.

O ciclista português realçou ainda que estão no Giro (nome pela qual é conhecida a mediática prova transalpina) "atletas com mais experiência e basta um dia mau" para tudo ir por água abaixo.

Mas o sonho comanda a vida e João Almeida não esconde que vencer a prova era algo que o deixaria maravilhado para o resto da vida de desportista.

"Vamos ver. Em todo o caso, estou muito feliz por estar aqui, seja com ou sem camisola rosa", afirmou o corredor nacional, de 22 anos, que há vários dias segue com a camisola rosa no corpo, símbolo da liderança em Itália.

João Almeida realça ainda que acordar na liderança é algo que lhe encanta os dias e vai dando força etapa após etapa nesta Volta a Itália que, em ano de pandemia, acarreta sacrifícios para tudo e todos.

"Acordei e percebi que não era um sonho e que continuo na liderança. É muito bom vestir esta camisola todos os dias", disse o corredor da Deceuninck-Quick Step que enverga a emblemática camisola que já foi de corredores históricos como Miguel Indurain, Alberto Contador, Vincenzo Nibali ou Nairo Quintana.

"O pior ainda está para vir. Faltam muitas provas e vai estar mais frio. A parte final é a mais dura", disse o ciclista português que, na terça-feira, voltará a defender-se na liderança da Volta a Itália.

O pelotão volta à estrada na 10.ª etapa, para cumprir um percurso de 177 quilómetros, que irá ligar Lanciano a Tortoreto.