Marc Madiot admitiu este sábado ter ficado incomodado com o acordo assinado entre Jorge Mendes e a Corso Sports, agência que gere as carreiras de ciclistas como João Almeida e Rúben Guerreiro, sensações da última edição da Volta a Itália.
Em entrevista à estação francesa RMC Sport, o dirigente questionou as consequências da modalidade entrar no “sistema do futebol” e pôs em causa os interesses por detrás da nova aposta do agente português.
“Qual é o sistema dos agentes de futebol? É formar portfólio de jogadores e fazê-los movimentar o mais possível para gerar o máximo de dinheiro possível. Estamos a fazer especulação na bolha financeira. É uma bolha financeira onde o futebol se encontra hoje em dia, com tudo aquilo que se está a passar”, começou por dizer.
“E a Covid-19? O que vai acontecer? Estão à beira do precipício. Agora queremos deixar pessoas como Jorge Mendes entrar no ciclismo? Não quero ver pessoas como Mendes no ciclismo. Ele que fique em Portugal, com os seus jogadores e não se meta connosco”, atirou.
De acordo com a RMC Sport, Marc Madiot suspeita que o agente português “oculte uma agenda” em segredo o tempo necessário até chegar ao seu objetivo.
“Ele não vai ganhar no ciclismo o que ganha no futebol. Podem haver ideias em segundo plano que não são boas. Acho que, em algum ponto, se quer apropriar do sistema geral do ciclismo. Aqui é ainda mais perigoso”, rematou.
?? "Mendes agent d'Almeida ? Almeida ne viendra jamais chez moi ! Mendes ? Qu'il reste avec ses footeux..."
— GGsportRMC (@GGsportRMC) January 9, 2021
Le coup de gueule de Marc Madiot contre l'arrivée du célèbre agent Jorge Mendes dans le cyclisme et la spéculation dans l'économie du sport. #RMCLive pic.twitter.com/Bvl2ujAga5