A chegada a Fafe na Volta a Portugal foi tensa, com nervos à flor da pele e acusações de António Carvalho, ciclista da Efapel e antigo corredor da W52-FC Porto, que, sem mencionar nomes, queixou-se de uma alegada agressão por parte de Jóni Brandão, da formação portista. "Deve ter algum fetiche comigo. Deu-me uma cabeçada. Felizmente tenho um bom capacete", acusou António Carvalho ao microfone da RTP.

O corredor da Efapel disse que quando as coisas não lhe correm dentro do previsto se queixa das "pernas". No entanto, critica que outros assim não façam e insistiu nas críticas para um corredor da W52-FC Porto que nega qualquer tipo de agressão, falando em coisas da "adrenalina". "São coisas de corrida. Os comissários viram", justificou-se Jóni Brandão, antigo corredor da Efapel que agora defende as cores da W52-FC Porto.

Em declarações ao canal público e confrontado com as declarações de António Carvalho, Jóni Brandão reiterou que o que se passou no final da etapa que ligou Viana do Castelo a Fafe foram coisas "normais" de quem acabara de cumprir uma tirada com mais de 100 quilómetros.

"São coisas normais, tensão da corrida, adrenalina. Não se passou nada de algo mais", acrescentou o ciclista da W52-FC Porto, que é um dos candidatos à vitória final na Volta a Portugal, que termina no próximo domingo.

O norte-americano Ben King, da equipa Rally Cycling, foi o mais rápido a cumprir a tirada, ao chegar isolado a Fafe, alcançando a vitória na etapa que terminou no Minho.

O pelotão, onde estavam grande parte dos favoritos à vitória final, ultrapassou a meta passados oito minutos e 15 segundos do norte-americano Benjamin King.

A Volta a Portugal tem sido marcada por alguns abandonos devido a casos positivos de covid-19, entre os quais a equipa da Rádio Popular-Boavista, isto depois de também já terem saído Caja Rural e da Euskatel-Euskadi.