A equipa da W52-FC Porto foi suspensa pela autoridade máxima internacional no ciclismo (UCI) por suspeitas relacionadas com práticas de doping. Pouco tempo depois de a UCI ter dado conta da decisão tomada, o FC Porto emitiu um comunicado e explicou que tinha suspendido a parceria mantida ao longo dos últimos anos com a formação nortenha de ciclismo que tem estado ensombrada por conta de situações alegadamente ligadas a doping. De recordar que há poucos meses, entre outros, foi suspenso Nuno Ribeiro, diretor-desportivo, do clube de ciclismo que, na última década tem trajado com as cores azuis e brancas e com o símbolo dos dragões.
O Governo, pela voz de João Paulo Correia, secretário de Estado do Desporto e da Juventude, já declarou que está "a acompanhar o trabalho das autoridades judiciais e desportivas", no que diz respeito a esta suspensão da W52-FC Porto, enquanto que os dragões esperam para ver o que as investigações vão dar.
Há poucos anos, o Sporting esteve para firmar contrato com a equipa de ciclismo da W52, assim conhecida popularmente entre a caravana do ciclismo, mas Bruno de Carvalho, então presidente, acabou por assinar um vínculo de parceria com o Tavira, uma das equipas mais antigas do pelotão.
Por isso, e dados os desenvolvimentos recentes, Dias Ferreira, antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, diz que é tempo de esfregar as mãos de contentamento em Alvalade com essa decisão tomada então por Bruno de Carvalho.
"O Bruno se Carvalho disse-me que tinha muitas reservas com a W52. Isto é justo que se diga. A gente quando tem que dizer tem que dizer mal, mas também quando tem que dizer bem deve fazê-lo", afirmou o antigo dirigente do Sporting, que falava em declarações no canal A Bola TV.
Em relação ao processo que liga o FC Porto a este caso, os dragões informaram que têm suspenso o contrato de naming e licenciamento da marca com a Associação Calvário Várzea Clube de Ciclismo, o clube que detém oficialmente a equipa, que correu nos últimos anos sob a designação dos seus dois maiores embaixadores: W52 e FC Porto.
A este propósito, o antigo dirigente leonino Dias Ferreira diz que, a seu ver, o que está em causa é o nome do emblema liderado por Pinto da Costa.
"W52 não é nada, rigorosamente nada. Nada. Sei lá o que é o W52? Podia ser 53 ou 54. O FC Porto não. O FC Porto é uma equipa prestigiada nacional e internacionalmente, conhecida fundamentalmente pelo futebol. É o nome do FC Porto que está em jogo", refere Dias Ferreira.
"E portanto, a partir do momento em que oito ciclistas foram suspensos, o FC Porto deveria imediatamente ter pensado que isto não estava bem estar ligado a pessoas com esta suspeita", completou o antigo dirigente do Sporting.
Por conseguinte, Dias Ferreira nota que a administração azul e branca andou tarde neste caso. "O FC Porto retirou-se pura e simplesmente porque foram suspensos, não podem entrar em provas."
A respeito deste caso, Adriano Quintanilha, responsável pela W52-FC Porto, já disse que foi apanhado de forma surpreendente pelos desenvolvimentos recentes em relação à equipa.