Liga 20/21
Rio Ave muito aquém das expetativas e com o futuro em suspenso
2021-05-20 13:05:00
Equipa de Vila do Conde terá de disputar o 'play-off' da permanência

O Rio Ave terminou a sua prestação na I Liga portuguesa de futebol ainda com o futuro em suspenso, uma vez que o 16.º lugar final obriga os vilacondenses a jogarem um ‘play-off' pela permanência.

O conjunto da foz do Ave terá mais dois jogos, contra a equipa que ficar no terceiro lugar da II Liga [Vizela, Arouca ou Académica de Coimbra são as hipóteses], para tentar manter-se no principal escalão do futebol nacional e ‘salvar' uma época muito aquém das expectativas.

Ao contrário da estabilidade apresentada em anos anteriores, os vila-condenses tiveram três treinadores, mas com nenhum conseguiram atingir uma prestação de regularidade, mostrando muitas dificuldades na vertente ofensiva, para terminarem com o pior ataque, a par do Belenenses SAD, com apenas 25 golos.

Depois de na temporada passada, sob o comando de Carlos Carvalhal, ter atingido a sua melhor prestação de sempre, coroada com o apuramento para as competições europeias, o grupo sofreu uma pequena remodelação, com a saída de jogadores ‘chave’ como Taremi (FC Porto), Nuno Santos (Sporting) ou Al Musrati (Sporting Braga) e a entrada do treinador Mário Silva.

O arranque temporada até teve boas prestações nos jogos de acesso à fase de grupos da Liga Europa, eliminando os bósnios do Borac e os turcos do Galatasaray e sucumbindo apenas nos penáltis frente aos italianos do AC Milan, mas a equipa pagava a ‘fatura' do esforço no campeonato, e só à quinta jornada conseguiu a primeira vitória.

Seguiu-se uma fase irregular, e com apenas mais um triunfo, que precipitou, em dezembro, a saída de Mário Silva e a entrada do interino Pedro Cunha, treinador vila-condense que orientava as equipas jovens do clube.

O técnico também acabou por não resistir à falta de produtividade apresentada pelo Rio Ave, e depois de seis jogos em que conseguiu apenas uma vitória e foi eliminado da Taça de Portugal, nos oitavos de final, pelo Estoril Praia, da II Liga, deixou o cargo.

Para o substituir, os responsáveis do clube promoveram o regresso aos Arcos de Miguel Cardoso, que tinha orientado com bons resultados equipa em 2017/18, e o grupo até reagiu positivamente à nova mudança, somando três vitórias e um empate nos seis jogos seguintes.

No entanto, as carências ofensivas do Rio Ave, que não foram suficientemente corrigidas no período de transferências de janeiro, acabaram por precipitar, depois, uma penosa série de 11 jornadas consecutivas sem vitórias, que foram empurrando a equipa para os últimos lugares, até ‘encalhar' no 16.º.