Liga 20/21
Nacional com segunda volta terrível termina em último lugar
2021-05-20 13:35:00
Insulares fecharam primeira volta no nono lugar, mas o descalabro na segunda volta atira equipa para a II Liga

Numa época muito irregular e em que viveu o seu pior ciclo de sempre na I Liga, com dez derrotas consecutivas, o Nacional não correspondeu às expetativas geradas e acabou descendo de divisão.

Depois de ter regressado esta época à I Liga, numa subida administrativa, pois liderava a II Liga, aquando da interrupção da competição face à epidemia originada pelo covid-19, o Nacional não resistiu a uma temporada irregular e acabou, novamente, no segundo escalão.

Aliás, os madeirenses viveram um ziguezaguear de emoções nas últimas cinco temporadas, com duas subidas e três descidas, num clube que já teve um estatuto europeu, com cinco participações europeias e um quarto lugar na I Liga, na temporada 2003/2004 e dois quintos (2005/2006 e 2013/2014).

Depois de uma primeira volta bem positiva, ocupando o nono lugar com 18 pontos, nada fazia antever o descalabro que foi a segunda volta para o conjunto madeirense.

Contudo, após a derrota caseira ante o Farense por 3-2, seguiu-se uma sequência de outros nove desaires consecutivas, que levou a equipa para a zona perigosa da pauta classificativa.

Manuel Machado substituiu Luís Freire que havia levado o Nacional à I Liga, à passagem da 25.ª jornada, quando o Nacional ocupava o 16.º lugar, estreando-se com uma pesada derrota caseira, ante o Portimonense (5-1), que levou a equipa para o último lugar, de onde não mais saiu.

A mudança de treinador não quebrou o ciclo negativo pelo qual passava a equipa, que apenas alcançou uma vitória, frente ao Vitória de Guimarães (1-0), a que somou mais um empate e sete derrotas.

As mudanças táticas impostas por Manuel Machado nunca fizeram o Nacional recuperar a nível pontual, já que a espaços, trouxe alguma melhoria exibicional, mas sempre penalizada por erros individuais, que saíram caro aos insulares.

A doença oncológica que afeta o guarda-redes Daniel Guimarães não foi ultrapassada, já que o italiano Riccardo Piscitelli e António Filipe oscilaram muito nas suas prestações, cometendo erros que custaram importantes pontos.

O Nacional que acabou a prova em último lugar, foi o terceiro pior ataque, com 30 golos, apenas melhor que Rio Ave e o grande rival Marítimo. Por seu turno, foi a pior defesa da prova, uma conjunção de fatores que ajudam a explicar o insucesso da temporada.

O hondurenho Bryan Róchez assumiu-se como o melhor marcador da equipa com seis golos averbados, seguido pelo possante colombiano Brayan Riascos com menos um.

Bryan Róchez foi o jogador do Nacional que em mais jogos atuou (32), com o central brasileiro Pedrão a ser quem mais minutos somou num total de 29 partidas, o mesmo número de jogos em que,Brayan Riascos participou.