Os guarda-redes Pavel Kieszek, do Rio Ave, e Léo Jardim, do Boavista, foram os únicos totalistas da edição 2020/21 da I Liga, sendo que para o polaco se trata da segunda época consecutiva.
Depois de ter completado os 34 jogos e os respetivos 3.060 minutos em 2019/20, na primeira época a serviço dos vilacondenses, o futebolista natural de Varsóvia, onde nasceu há 37 anos, voltou a repetir a façanha.
Na 10.ª época em Portugal, Kieszek, que anteriormente tinha passado por Sporting de Braga, Vitória de Setúbal, FC Porto e Estoril Praia, foi escolha ‘obrigatória’ para Mário Silva, o interino Pedro Cunha e o regressado Miguel Cardoso.
Numa temporada que só não será totalmente falhada, em termos coletivos, se o Rio Ave superar o ‘play-off’, o polaco acabou a prova com 40 golos sofridos, o sétimo melhor registo do campeonato. Faltaram os tentos do outro lado.
O campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal em 2010/11, pelo FC Porto, foi também o jogador mais disciplinado do campeonato, já que é o que tem mais minutos disputados entre os que não viram qualquer cartão.
Em relação à época passada, Kieszek é o único repetente entre os totalistas, já que o guarda-redes brasileiro Denis, do Gil Vicente, desta vez falhou dois jogos: ficou fora dos eleitos face ao Belenenses SAD (0-0 em casa, 12.ª jornada) e foi suplente com o Portimonense (1-4 fora, à 19.ª).
Na lista dos totalistas, Denis foi substituído pelo também guarda-redes brasileiro Léo Jardim, a cumprir a primeira época no Boavista, depois de ter representado o Rio Ave em 2018/19.
Para Vasco Seabra, primeiro, e Jesualdo Ferreira, depois, o brasileiro de 26 anos, natural de Ribeirão Preto, foi sempre opção para o ‘onze’ e não falhou um único minuto, cenário que ficou ameaçado a partir do momento em que viu o quarto cartão amarelo.
O quinto acabou por não chegar e Léo Jardim pôde, assim, fechar a I Liga com os 3.060 minutos que lhe conferem o estatuto de totalista.
Além destes dois guarda-redes, mais cinco jogadores de campo conseguiram participar nas 34 jornadas da prova, sendo que nenhum deles foi sempre titular e um teve a particularidade de o fazer por duas equipas.
O brasileiro Walterson cumpriu as duas primeiras rondas ao serviço do Famalicão, ambas como suplente utilizado, e, depois, rumou ao Moreirense, pelo qual disputou mais 32 encontros, dos quais 25 como titular, com o ‘ex-líbris’ de ter marcado na receção ao campeão Sporting (1-1), aos 90 minutos.
A lista inclui ainda o médio brasileiro Luiz Carlos, do Paços de Ferreira (titular em 31 ocasiões) e três avançado, Aylton Boa Morte (29), do Portimonense, o também ‘canarinho’ Laurency (27), do Gil Vicente, e o iraniano Taremi (26), do FC Porto.