Liga 19/20
SC Braga, o maior dos pequenos e mais competente que o Sporting
2020-07-27 06:30:00
Equipa começou mal com Sá Pinto, agigantou-se com Amorim e cumpriu a meta com Artur Jorge

O SC Braga isolou-se no terceiro lugar do ‘ranking’ do ‘rei dos pequenos’ da I Liga de futebol, ao ser pela 15.ª vez o melhor dos ‘não grandes’, com o ‘bónus’ de se ter superiorizado ao Sporting.

Os minhotos, que repetem os registos de 2017/18 e 2018/19, deixaram para trás o vizinho Vitória de Guimarães, que tinha somado o 14.º ‘cetro’ em 2016/17, e ficam apenas a um do Boavista, segundo da tabela, com 16, o último em 2001/02.

Na frente, distanciado, segue o Belenenses, que foi por 25 vezes o ‘rei’ entre os ‘pequenos’, mas já não o é desde 1987/88, sendo que, entretanto, ‘embrulhou-se’ numa guerra interna e ‘desapareceu’ como o clube do Restelo.

Os ‘azuis’ já tinham deixado de ‘mandar’ neste campeonato muito antes dos seus problemas e, nos últimos anos, a supremacia tem sido clara do SC Braga, que foi o melhor em 11 das últimas 16 edições.

O presidente António Salvador fez mesmo saber da ambição de conseguir mais, de chegar mesmo ao título por altura do centenário do clube, em 2021, mas os ‘arsenalistas’ mostraram esta temporada que isso pode não ser mais do que um sonho.

Apesar de grande prestação na Liga Europa, o SC Braga cedo comprometeu as ambições no campeonato, sob o comando de Ricardo Sá Pinto, que saiu após 14 jornadas, com a equipa ‘afundada’ no oitavo lugar, a 21 pontos do primeiro.

Proveniente da equipa B, Rúben Amorim foi o escolhido para a sucessão e fez um magnífico trabalho, cifrado, no campeonato, em oito triunfos, em nove jornadas, incluindo um 2-1 no Dragão, um 1-0 ao Sporting e um 1-0 na Luz.

O jovem técnico implementou um sistema de três defesas e colocou os ‘arsenalistas’ a jogar a alto de nível e de forma consistente, mas, por 10 milhões de euros, cláusula que o Sporting não bateu, Salvador ‘abriu mão’ de Amorim.

O técnico levou para Alvalade os bons resultados, com Custódio Castro, o seu sucessor, a não conseguir manter a bitola e a acabar por sair após escassos seis jogos, promovendo Artur Jorge a quarto técnico da época.

Amorim chegou a ‘roubar’ o terceiro posto ao SC Braga, colocando-se cinco pontos à maior, mas os ‘arsenalistas’ conseguiram a reviravolta, selando o pódio e um lugar na fase de grupos da Liga Europa.