Grande Futebol
"Vamos com o objetivo de deixar a nossa marca", diz Rui Vitória
2021-05-26 16:20:00
Técnico português de 51 anos parte para a Rússia, para orientar o Spartak Moscovo

O treinador português Rui Vitória realçou hoje a motivação e honra por iniciar brevemente uma nova experiência, no comando técnico do Spartak Moscovo, que terminou a época passada no segundo lugar do campeonato russo de futebol.

Em declarações aos jornalistas, à margem da cerimónia de entrega da Bandeira da Ética ao programa Football Kids Fair Play (FKFP), atribuída pelo Plano Nacional de Ética no Desporto do Instituto Português do Desporto e Juventude, em Carnaxide, o técnico, de 51 anos, assumiu a expectativa de lutar por títulos na Rússia.

“É uma honra enorme estar a representar este clube. É um desafio difícil, mas aliciante. Vamos com o objetivo de deixar a nossa marca e a nossa marca é a possibilidade de ganhar títulos. E é com muita ambição e muita vontade que vou abraçar este novo projeto”, sublinhou, notando que deve partir para a Rússia em meados de junho.

Entre os primeiros testes ao Spartak Moscovo estará a pré-eliminatória de acesso à Liga dos Campeões, na qual o Benfica, que orientou entre 2015 e 2019, é um dos potenciais adversários. Rui Vitória garantiu estar “pouco focado” sobre esse eventual reencontro e vincou que as suas atenções estão nos preparativos para esta nova etapa.

“Na realidade, podem ser tantos adversários. O importante é estarmos preparados para essa primeira eliminatória, mas nada mais. Há adversários muito fortes e temos de estar preparados para todos”, defendeu.

Apesar disso, o técnico deixou subentendida a preferência por não se cruzar com os encarnados nessa fase: “Em todos os jogos em que o Spartak entrar, quero é ganhar e passar as fases todas que houver. Depois, se houver possibilidade de mais alguma equipa portuguesa estar nas ligas europeias, melhor. Não tem nada que ver com Spartak, nem com Benfica. Primeiro, onde eu estiver, eu ganhar. A seguir, que as equipas portuguesas estejam bem representadas na montra europeia”, acrescentou.

Sobre a temporada do clube da Luz, o antigo técnico do Benfica rejeitou alongar-se em comentários por considerar que “as pessoas que lá estão têm capacidade mais do que suficiente para fazer essas análises” e que a sua visão “não tem importância” no atual contexto.

Já sobre um regresso no futuro a Portugal, descreveu-se como “um treinador do mundo”, mas permanentemente atento ao seu país.

“São experiências que um treinador tem de viver, mas, depois, é evidente que trabalhar para o meu país é sempre algo que eu penso e se regressar a Portugal, é porque as coisas têm de ser assim. Mas agora tenho este contrato e estou muito motivado para o cumprir, muito motivado para começar este novo projeto e é aí que está o meu foco total”, finalizou.